Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Beleza não é só estética

Ainda hoje temos que lidar com o padrão de beleza, que na cultura ocidental significa ser belo, jovem e de preferência seguir um padrão estético dentro de um número trinta e seis e com aspecto de anorexia.
 
Falando ainda de cultura, quando se trata do sexo feminino esse aspecto torna-se uma tarefa mais difícil, pois a mulher carrega consigo o estigma que o seu valor encontra-se no seu poder de sedução e reprodução.
 
Quando esses fatores já não são mais favoráveis, principalmente depois de uma certa idade, é difícil se manter bem consigo mesmo e com o meio social que lhe exclui.
 
Se pensarmos sobre esse aspecto, primeiro ela precisa lidar com a lei da gravidade e depois com a menopausa.
 
Na prática clínica, essa fase é responsável pelo desencadeamento de depressões e outras doenças psíquicas.
 
Se compararmos com os homens, a aceitação deste envelhecimento é recebida de forma diferente, tanto internamente como socialmente, pois as questões ligadas à estética e ao envelhecimento é validado na sua dinâmica.
 
Por exemplo: é fato e transcorre durante várias décadas a aceitação de homens na companhia de mulheres com metade de sua idade e sem cobrança social, ou seja, é comum esse tipo de situação.
 
Diferente do que acontece com as mulheres, onde a cobrança é severa e até motivos de reportagem.
 
Pensando em uma beleza sustentável, onde o significado dessa palavra esteja além do padrão estético, é preciso, desde cedo, construir essa beleza em vários setores da vida do indivíduo.
 
O primeiro passo está na conscientização do ser que envelhece independente da vontade.
 
A partir dessa consciência o indivíduo precisa embasar sua vida dentro de pilares sustentáveis ligados a vários setores, que seria o cuidado com seu corpo, com a mente, a vida profissional e financeira, ou seja, buscar se harmonizar com todos esses aspectos dentro de sua realidade e capacidade.
 
Para que os resultados sejam alcançados, a prática precisa se iniciar desde cedo e requer do individuo uma autodisciplina e um comprometimento com o seu bem estar e com sua felicidade, além de um auto-conhecimento de suas dificuldades.
 
Assim os potenciais irão diminuir a influência dos padrões externos e fazer com a pessoa sinta-se feliz aos 20 aos 30, 40, 50 ou 70 anos.
 
O indivíduo não dorme jovem e acorda velho.
 
Existe um processo que se segue ao longo da vida.
 
 
 
Rosilene Lima
Formada em psicóloga clínica com especialização em psicoterapia e mestre em gerontologia pela PUC-SP. Especializada em emagrecimento realiza diversas pesquisas na área e é coordenadora do ‘Programa de Emagrecimento Saudável’ – www.programadeemagrecimento.com.br
 

Crédito:Anna Elizabeth

Autor:Paloma Oliveira

Fonte:Canal da Comunicação