Meu nome é mulher. Sou aquela que acorda cedinho para preparar o café da manhã e sai correndo para trabalhar. Antes passo um batom nos lábios, pois se é para encarar a luta, que seja enfrentada com muita beleza.
Ao contrário do senso comum, não considero as lágrimas sinônimo de fragilidade, mas de sensibilidade e coragem.
Não há quem não sinta ou que um dia dela não tenha sido aluno. Saudades de um tempo que não volta, de um alguém que mora longe, de uma época que ficará na memória...
Mudam-se as formas, os pesos, a postura, e até mesmo o olhar parece perder-se na saudade do tempo que não volta mais.
Há dias em que nosso maior desejo é não ter saído da cama. Não pela preguiça em se levantar, mas pelos acontecimentos que geram em nós a certeza de que um dia tão conturbado poderia não ter saído do papel. Será mesmo?
Cansei de ligar a televisão ou andar pela rua e ver cenas de violência.
Passamos a vida em busca da dita cuja felicidade. Trabalhamos para sermos felizes, nos relacionamos para sermos felizes, ficamos ricos para sermos felizes. E quando nos sentimos finalmente felizes, encontramos mais um obstáculo entre nós e a divina felicidade: algo a ser conquistado. Por que isso?
Músicas, poesias, retratos, papéis, medalhas, faixas, declarações. O dia-a-dia nos leva a singelas formas de expressão que se encadeiam com outras para dar bases a um conceito forte e de grande significado: a atitude.
Particularmente acredito que ainda está para ser criado sentimento mais impuro que a arrogância.
Já não encontramos árvores em série para os balanços das crianças. As flores que enfeitam nossos jardins foram deixadas de lado, cedendo lugar ao chão de cimento e sem poesia. E o motivo desta nova realidade é a falta de cuidado que tivemos com nosso futuro.