Um dos grandes problemas causados pela obesidade, é o crescimento que ocorre na pele para cobrir o volume corporal aumentado.
Isso é um fenômeno natural e fisiológico.
Quando o aumento de pele é pequeno, após a perda de peso, instala-se uma pequena flacidez, que geralmente não chega a ser um incômodo estético.
Entretanto, se o aumento de peso for grande, como nos casos de obesidade grave, quando a pessoa recupera o peso normal, seja por dieta ou cirurgias de redução de estômago, um grande excedente de pele flácida permanece, causando um efeito antiestético grave.
Por vezes, isso pode levar a situações de baixa auto-estima e de insatisfação no paciente.
A flacidez se instala principalmente no abdome e na porção mais clara do braço, na linha de projeção do músculo do tríceps (popularmente chamado músculo do ´´tchau``).
Segundo a Dra Deusa Pires Rodrigues, Cirurgia Plástica e Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, existem vários graus de flacidez e devido às cicatrizes deixadas pelo procedimento de remoção, só está indicado em casos de graus moderado ou intenso de flacidez , o que é observado principalmente, após grandes perdas de peso.
“Didaticamente vamos estipular, no braço, por exemplo, que grau moderado corresponde a uma extensão de pele pendente com pelo menos três cm abaixo do plano do braço”, afirma Dra Deusa.
As cicatrizes da cirurgia nos braços seguem o contorno da axila, da frente para trás tendo como limite as extremidades do ombro descendo até o cotovelo seguindo pelo sulco interno do músculo bíceps.
Como todo mundo sabe, as cicatrizes permanecem por toda vida, então, no sentido de obter-nos uma cicatriz sob a forma de um fio branco, mantendo o grau de correção em torno de 60% (60% de retirada do excesso de pele) para que não haja tensão o que alargaria a cicatriz.
Este procedimento é denominado dermolipectomia de braço, podendo ser realizado sob anestesia local e sedação, ou geral.
O fundamento da técnica é o mesmo de uma dermolipectomia abdominal e o procedimento dura cerca de 3 horas.
O paciente permanece um dia internado, voltando para casa com um curativo semicompressivo e cinta cirúrgica a qual deve ser usada por 1 mês.
Há a necessidade de afastar-se 15 (quinze) dias de suas atividades habituais, principalmente esforços físicos, movimentos bruscos e amplos e levantamento de pesos.
Durante esse período não há necessidade de ficar em repouso, mas os braços devem ser mantidos na altura do coração para não piorar o edema já muito intenso. A paciente está liberada para alimentar-se sozinha e realizar sua higiene.
Não costuma ser um procedimento doloroso e o que maus incomoda é a pressão do inchaço.
Os preços variam de R$ 4.000,00 a R$ 10.000,00, dependendo da cirurgia. Alguns profissionais oferecem financiamento em até 24 vezes.
Como toda Cirurgia Plástica, o sol está liberado após 30 dias com restrições, assim com atividades físicas.
A alta é dada aos 3 meses, e as contra-indicações referem-se a doenças crônicas descompensadas, como para qualquer outra Cirurgia Plástica.
Contra-indicações específicas são aquelas relacionadas a alterações vasculares ou linfáticas dos braços.
Em relação a procedimentos alternativos para flacidez, não existem. Quando há um grande excesso de pele, esta deve ser ressecada.
“Mas, nos casos leves de flacidez, nos quais não compensa trocá-las pela cicatriz descrita, mas mesmo assim incomoda a paciente, indicamos a lipoaspiração da face interna do braço, não no sentido de retirar gordura, mas para provocar uma retração desta pele, cujo grau não está sob nosso controle, ficando o grau de em torno de 30 – 40 % em flacidez leve”, afirma a especialista.
DRA DEUSA PIRES RODRIGUES – Especialista em cirurgia Plástica Membro Efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Crédito:Vera Morais
Autor:Dra Deusa Pires Rodrigues
Fonte:Vera Morais