Antes de mais nada é bom lembrar que nesses momentos, a pessoa se encontra sozinha, duas alternativas são possíveis: ou vai embora, ou se adapta à situação em busca de algum proveito da nova experiência. O que mais levamos em comum é que sempre vamos preferir encontrar pessoas semelhantes a nós em atitudes. E quanto mais profundas forem essas atitudes, mais gostamos de estar e compartilhar nossas vidas com essas pessoas. O companheirismo deve ser preservado a cada dia nas relações de amor. Com pequenos gestos, podemos construir grandes momentos. Porém, não devemos ignorar as diferenças que sempre existem, mas saber conviver com elas.
A intensidade do amor acontece independente da nossa vontade, e seu verdadeiro cultivo é trabalho diário de cada um. Não se pode exigir nem pretender que apenas um reaja sempre com atenção, enquanto o outro fique só na defensiva, esperando todos os encantos no amor.
Também é comum não compreender por que escolhemos uma determinada pessoa, só que não foi à toa. Por isso devemos preservar o que existe de mais forte nas relações, como a admiração pessoal.
Muitas vezes nosso cotidiano encobre as emoções e instala a neutralidade nas pessoas, principalmente naquelas que estão juntas apenas por estar. Nesse momento, todo o atrativo que propiciou o encontro vai por água abaixo e é quando começam as crises. Por isso, devemos cultivar desde sempre a sinceridade para que o relacionamento a dois possa ser bem-sucedido.
Ou, ainda, como poderíamos dizer simplesmente nos dias de hoje: ´´Não é muito mais fácil paquerar, transar com pessoas lindas, sem assumir grandes compromissos?``. O que deve levar em conta, sim, é que nada disso tem sentido se não conseguimos tornar essa relação produtiva para a vida. O que é passageiro será sempre passageiro.
Buscamos a similaridade exatamente por isso, para que o amante não seja só um amante, mas parceiro em todas as situações. No geral, os motivos iniciais para a escolha de um amor continuam sendo importantes por muito tempo. Isso prova que a escolha não foi feita em vão e que as razões eram muito mais fortes do que se imaginava.
Como sabemos, os acasalamentos muitas vezes fogem ao padrão normal estabelecidos pela sociedade. Os gostos e preferências independem do que é certo e belo, e as formas de se encontrar o amor também são medidas em igual peso e medida.
Muitas pessoas vivem frustradas por não viverem uma relação perfeita com a pessoa idealizada em seus sonhos. Elas se esquecem que essa relação e pessoa não existem. E, na ansiedade de encontrar o que se imagina, nos esquecemos do que existe de concreto em nossas vidas. É por isso que muitos amores passam despercebidos e, no final, nem o sonho e nem a realidade acontecem de forma satisfatória.
Todas as formas de se encontrar um amor são válidas. Não importa se a atração acontece por causa de um belo par de pernas, seios, rosto, ou por uma imagem via internet. O que importa é descobrirmos o outro pela nossa própria entrega.
Celso Fernandes, jornalista, escritor.
http://celsocolunista62.wordpress.com
Crédito:Cris Padilha
Autor:Celso Fernandes
Fonte:Universo da Mulher