Na verdade comer a mulher do próximo remonta eras distantes e sempre significou o símbolo do poder total e absoluto.
Na época feudal os senhores tinham o direito e o dever de serem os primeiros homens a se satisfazerem com as mulheres de seus vassalos.
Era hábito comum nos feudos entregar a jovem recém casada ao dono de todas as terras, da ordem e da justiça para que deflorasse, numa alusão clara de que o triunfo dos poderosos sobre os mais fracos era lei, portanto incontestável.
Não é de graça que até nossos dias o falo significa poder. Sinais disso estão nos brasões das famílias nobres ou dos reinados, onde quase sempre se vê um cetro com a ponta arredondada ou um machado, que numa leitura mais aguçada nada mais representa do que a força, poder e pênis.
Homens casados, com filhos que se dizem realizados na família e profissão, se sentem-se carentes de novas emoções quando o assunto é sexo.
Dizem que as mulheres casadas longe dos maridos, são muito mais fogosas.
Que procuram realizar com o "outro" aquilo que não fazem entre as quatro paredes do casamento.
E que também excita-o e muito num encontro com uma mulher comprometida é o fato do perigo de ser flagrado pelo marido.
Falam que têm orgasmos duplicados só com essa fantasia de ser pego com a mão e o bráulio na massa.
O curioso nisso é que eles não gostam de repetir a dose com a mesma parceira. Ou seja, conquistada e abatida a presa, nunca mais ela o terá novamente.
As transas são únicas e procuram deixar isso bem claro, já no primeiro encontro.
É uma forma de evitar envolvimento, pois detestam pegação no pé.
Envolvimento, aliás, é o maior medo destes conquistadores anônimos.
A grande maioria deles faz questão de ressaltar logo que envolvimentos emocionais e/ ou financeiros ficam descartados.
O que em outras palavras quer dizer que os homens não estão dispostos a ter uma amante fixa, não querem repetir nesse tipo de relação a que já tem em seus casamentos, muito menos que estão dispostos a custear uma segunda casa. Querem, isso, dar e receber prazer.
Se no caso de uma de suas conquistas a mulher ficar no seu pé, exigindo um novo encontro amoroso eles dão um jeito simples de se safar para dar um basta na situação.
O casa nova de plantão precisa ameaçar contar ao marido da conquistada que ela lhe persegue.
Mas afinal, não é a aventura pelo perigo o que buscam esses homens?
Não o perigo de abalar a estabilidade profissional ou matrimonial.
O que eles querem é adrenalina, pura e simplesmente, capaz de duplicar seu tesão na hora do sexo.
Fora isso, fogem de qualquer problema como um vampiro se esquiva da luz do sol.
O perigo de ser descoberto é sim um aditivo da excitação, mas só a fantasia de ser pego.
A concretização deste perigo não é excitante. Segundo os casa nova que só tem fetiche por mulheres casadas carregam em si uma perversão. E correm sérios riscos de sexualmente se frustarem.
Vejamos a explicação científica: os conquistadores nada mais estão fazendo do que refletir uma situação infantil, onde mais uma vez deseja a mulher casada e até pode vir a tê-la, mas por fim ela volta aos braços de outro homem (o marido), por que ela não é dele (o conquistador). É proibido mantê-la.
Outra forma de explicar o desejo por mulheres casadas, segundo Freud, se dá ao associar a mulher alheia a um desejo inconsciente e mal resolvido de homossexualidade.
O quê, de repente você pode ser um boiola enrustido?
Pois é...
Para o pai da psicanálise que escandalizou a sociedade da época com suas sábias teoria psicanalíticas, um pai ausente e uma mãe muito próxima e sedutora do filho pode dificultar a busca do menino na identificação de uma figura masculina. Em vez dele se identificar com o pai se identifica com a mãe e passa, pois, sua vida procurando uma figura masculina para se espelhar nela.
E como ocorre isso?
Simples.
Na falta de um modelo masculino bom na infância, cresce buscando através das mulheres se aproximar da figura paterna.
E nada melhor do que uma mulher casada para se relacionar. É novamente a mulher proibida. Só que desta vez o homem está presente, de forma sutil e inconsciente.
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Alexandra Blandy
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Crédito:Alexandra Blandy
Autor:Alexandra Blandy
Fonte:Universo da Mulher