Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação

Lucila Costa
 
 
Todo ser humano tem muitas razões para ter medo.
 
Medo de enfrentar a vida e os problemas; medo de machucar as pessoas que amamos, de decepcioná-las, medo de sair da zona de conforto e jogar fora os fatores, que impedem a resolução de nossos problemas e o alcance da nossa plenitude.
 
Sempre encontramos razões para desistirmos.
 
A culpa gera medo, raiva, autopiedade, autopunição, sentimentos negativos que paralisam e nos atrapalham.
 
Vivemos com um sentimento de derrota constante; o estado de culpa nos faz jogar fora um dia após o outro; não permitindo que acreditemos que conseguiremos realizar nossos objetivos.
 
Quando não podemos resolver um problema, acusamos e racionalizamos nosso próprio comportamento, entrando no jogo da culpa; onde a vítima é sempre incompreendida, acusada e injustiçada.
 
O perseguidor é quem tem o prazer de atormentar a vítima indefesa e inocente, e o libertador é aquele que quer ser apreciado pela vítima e vai salva-la do perseguidor.

Esse jogo nos impede de refletir, de tomar atitudes, que nos levarão a melhorar nossa qualidade de vida e concomitantemente melhorar nosso convívio familiar, pois em geral, as pessoas que amamos e estão mais próximas são as que mais agredimos.
 
Sentir-se culpado por uma situação ruim é diferente de responsabilizar-se por ela.
 
A verdadeira culpa acontece quando existe vontade de prejudicar o outro.
 
Quando assumimos a responsabilidade por algo, vamos em busca de elementos que nos ponham em ação para corrigir os erros, sair da culpabilidade e caminhar para a solução.
 
Sabemos que é muito difícil sair da zona de conforto e olharmos para nós e saber que as mudanças só se darão, a partir de nós para nós mesmo, e o amor exigente nos ajuda a fazer as mudanças necessárias, através das metas semanais, proporcionando a oportunidade de caminhar passo a passo rumo à realização do nosso objetivo, pois a ação é a tônica desta obra, porém cada um no seu ritmo e segundo suas possibilidades.
 
O grupo de apoio quando se reúne, tem uma proposta de vida a ser discutida e trabalhada com metas claras, objetivas e realizáveis que levam seus membros a alcançar a coragem para enfrentar as diversas situações sem sentimento de culpa, ajudando na verificação dos pontos estratégicos para começar a mudanças.
 
Nessa troca de ajuda, criam-se laços entre os participantes, comprometem-se uns com os outros, tornam-se mais criativos e motivados sentindo-se muito mais felizes e seguros, pois as partilhas com respostas firmes e amorosas, ajudam a encontrar a melhor solução.
 
 

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Crédito:Luiz Affonso

Autor:Lucila Costa

Fonte:Informativo Febrae