Por Kátia Horpaczky
A expressão estabilidade está associada à idéia de permanência em um determinado estado por um determinado tempo.
Explicar o amor não é tarefa fácil, porque nós o definimos por sua manifestação e cada pessoa expressa de maneira diferente.
Mas na tentativa de conceituá-lo, os estudiosos estão inclinados a concordar com Robert Heinhein: "amor é a condição na qual a felicidade de outra pessoa é essencial para a sua própria felicidade".
Mas na verdade o que se quer, é que o amor aconteça e permaneça pronto por toda a vida, de maneira incondicional e eterna – como nos contos de fadas.
Deseja-se que o ser amado seja capaz de realizar todos os nosso desejos e que seja o nosso porto seguro para onde possamos fugir do mundo.
Acredita-se que o amor seja capaz de tudo transformar pelo próprio poder.
Este é o amor romântico
O amor e a paixão são sentimentos que podem ser negligenciados, pois não tem o selo da garantia eterna.
Quando trocamos paixão por estabilidade não estamos simplesmente trocando uma fantasia por outra?
Desejamos nas relações constância, trabalhamos para tê-la, mas ela nunca está garantida.
Quando amamos, nos relacionamos e sempre estaremos correndo o risco da perda, independente do esforço que se faça.
Entendo que a diminuição da paixão está mais relacionada com os limites da familiaridade, da intimidade, do peso da realidade e da rotina do que com o medo.
Afinal de contas amor e sexo e amor e desejo, nem sempre andam juntos.
O medo da perda faz com que busquemos o familiar, a rotina, a segurança do aconchego da estabilidade, do sexo confortável, dos aspectos cotidianos da vida que nos mantêm amarrados à realidade e seguros.
Por maior que seja o amor afetivo entre os casais é necessário que haja instinto, impulso natural para que o prazer sexual aconteça.
A sensualidade adormecida pelo excesso de preocupação, atividades, ressentimentos, mágoas e lembranças não favorece o aparecimento de fantasias e desejos e isso leva o casal a entender que o amor acabou ou que existe alguma disfunção erétil ou de frigidez, restando apenas ao casal as cansativas atividades diárias e cotidianas com a casa, os filhos, despesas e contas ...
E esquecemos que o erotismo gosta do imprevisível.
O desejo entra em conflito com o hábito e a repetição!
Então o que fazer?
Como reacender ou mesmo manter a chama?
Quebrar a rotina, surpreender, realizar fantasias, permitir-se ao novo!
Fantasiar sobre sexo nada mais é do que um recurso natural para alcançar o prazer sexual combinando, corpo, mente e sentimentos.
(*) Kátia Horpaczky
Psicóloga Clinica, Psicoterapeuta Sexual, Família e Casal
Contatos: katia@rodadavida.com.br
Crédito:Sueli dos Santos
Autor:Kátia Horpaczky
Fonte:www.rodadavida.com.br