Estudo divulgado em Londres pela Real Academia de Medicina revelou que o Brasil é o recordista em freqüência de sexo em pessoas desta faixa etária.
A pesquisa analisou o comportamento sexual de 26 mil pessoas em 28 países, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido, França, Japão e China. Do total, 54% dos homens e mulheres consultados alegaram fazer sexo uma ou mais vezes por semana.
No Brasil, este índice foi de 75%.
A França veio em segundo lugar, com 70%. E o Japão ficou em último, com apenas 21%.
Em entrevista a imprensa, o epidemologista Edson Duarte Moreira Junior, um dos responsáveis pela pesquisa, disse que os resultados surpreenderam.
Em entrevista a imprensa, o epidemologista Edson Duarte Moreira Junior, um dos responsáveis pela pesquisa, disse que os resultados surpreenderam.
“Os entrevistados foram realmente sinceros. Eles não costumam mentir em pesquisas”, disse. Perguntado sobre o exibicionismo dos brasileiros quando o assunto é sexo, o Moreira afirmou: “Não há exibicionismo na intimidade, há franqueza”. O pesquisador disse que as perguntas eram individuais. A pesquisa revelou que os brasileiros são ‘campeões’ na freqüência do sexo.
Sexo é fundamental
Segundo o pesquisador, 80% das pessoas entrevistadas, em 28 países, revelaram que sexo é mesmo fundamental.
“Neste caso, a pesquisa serve para ressaltar como o sexo pode influenciar o comportamento, a personalidade e a saúde de um indivíduo”, disse. Segundo o pesquisador, a falta de sexo pode acarretar problemas como baixa auto-estima, dificuldades no convívio social e baixo rendimento no trabalho. “É mais uma evidência que a falta de sexo não se restringe a discussão entre os parceiros”, explicou.
Segundo o pesquisador, no trabalho, um indivíduo que sofre de problemas sexuais pode apresentar um quadro de tristeza, retração, insegurança e sentimento de inferioridade.
Brasil também é ‘campeão’em desejo
O Brasil também teve bom desempenho em desejo.
“Foi o país que apresentou a menor taxa de falta de desejo também”, disse.
A explicação para este ‘calor’ brasileiro estaria atrelada a fatores culturais. “Nós somos uma ‘panela de etnias’”, definiu. A França foi a segunda colocada em quase todos os quesitos. “É um país com tradição de liberdade, desde a Revolução Francesa”.
Já os EUA surpreenderam não encabeçando a lista. “Lá a ambigüidade é muito forte. Sentimos que há uma mistura de liberdade e puritanismo”, disse.
Religião não influencia o sexo
Segundo Moreira, 2/3 dos entrevistados disseram que a religião não influência a prática sexual.
“Esperávamos encontrar uma influência muito maior”, afirmou. Ele revelou que nem nos países asiáticos mais radicais, os pesquisadores encontraram uma força religiosa capaz de inibir o sexo.
“Em quatro paredes, as pessoas deixam as concepções e religiões um pouco de lado”, concluiu.
Falta educação sexual
Além de descrever a freqüência sexual, a pesquisa servirá de apoio para os médicos tratarem os distúrbios sexuais.
Os pesquisadores descobriram que apenas 8% dos médicos no mundo perguntam aos pacientes sobre desempenho sexual. “E olha que, 70% dos entrevistados gostariam de falar sobre o assunto com os médicos”, disse.
Moreira disse que, ainda este ano, poderá ser criada uma cartilha, baseada na pesquisa, para médicos e pacientes.
Crédito:Anna Beth
Autor:Anna Beth
Fonte:Universo da Mulher