Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Compartilhar é ser cúmplice?

Compartilhar é ser cúmplice?

Numa relação a cumplicidade é algo que não deve faltar, afinal, como poderíamos nos sentir bem ao lado de alguém que não compartilha de si?

Mas até que ponto é realmente necessário compartilhar?

Devemos lembrar que antes de mais nada somos indivíduos, únicos e completos e como tais possuímos nossa própria individualidade, nossos pensamentos, ações, desejos, idéias...

Por sermos únicos, claro que somos diferentes dos demais e assim sendo, há divergências e discordâncias de opiniões.

Muitas vezes aquilo que pensamos ou desejamos nos é tão importante, mas ao contarmos para o outro não lhe desperta nenhum interesse, nada significa e aí pinta a frustração, a decepção, que pode vir a esfriar o relacionamento.

Existem também fatos e acontecimentos de nossas vidas que apenas nos dizem respeito, são muito particulares e que se forem contados, o parceiro pode não compreender, interpretar de forma errada o que acarretará em discussões e momentos de dificuldade.

Cumplicidade é importante sim, mas para ser cúmplice é necessário que faça da sua vida um livro aberto?

Colocar as coisas numa balança é o mais viável, reflita primeiro na necessidade de contar tudo.

Se você se sente mal achando que está escondendo algo dele, pense se ao contar acrescentaria ou destruiria sua relação, se valeria a pena ou não.

É preciso lembrar que ao nos unirmos com alguém estamos nos relacionando e não nos fundindo.

Cada um deve ter seu próprio espaço, respeitando o espaço e individualidade do outro.

O fato de estar com alguém não dá o direito de invadir a vida da outra pessoa.

Uma relação para dar certo deve possuir quesitos fundamentais que são: respeito, confiança e principalmente amor.

Ser cúmplice é compartilhar coisas construtivas, fazer a relação se fortalecer e jamais agir na insegurança pondo tudo à perder.

Ser um livro aberto tem seus riscos, por mais que esteja sendo sincera, a história dificilmente agrada à todos, então é preciso estar preparada para as críticas e principalmente para a rejeição, porém, existe também a possibilidade inversa, de repente a sua história pode agradar.

Aí então a escolha é sua, se arriscaria?

 

 

Crédito:Alexandra Blandy

Autor:Alexandra Blandy

Fonte:Alexandra Blandy