Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Você sente inveja de alguém?

Psicóloga dá dicas importantes para lidar com o sentimento
 

A necessidade de assegurar-se contra prejuízos ou perigos internos e externos induz certas pessoas a acumular e armazenar todas as coisas boas de que conseguem lançar mão, e isso pode muito bem conduzir à inveja, introduzindo a pessoa num circulo vicioso de desejo – frustração – ódio.
 
A necessidade de “muito” se torna cada vez mais forte, é evidente que começam a introduzir-se as comparações; que são elementos para a inveja.
 
A inveja há muito tempo vem sendo reconhecida na teoria e na prática psicanalíticas como sendo uma emoção de grande importância.
 
A inveja que o homem tem da potência do outro, ou das posses.
 
Há uma grande tendência em se confundir inveja com ciúmes.
 
A inveja é uma emoção mais primitiva que o ciúme.
 
O ciúme como já escrevemos em outro artigo baseia-se no amor e visa à posse do objeto amado e à remoção do rival.
 
O ciúme pertence a uma relação triangular e, portanto, a um período da vida em que os outros são claramente reconhecidos e diferenciados uns dos outros.
 
A inveja, por sua vez, é uma relação de duas partes, na qual a pessoa inveja o objeto por alguma posse ou qualidade, nenhuma outra pessoa ou objeto precisa entrar nessa relação.
 
O ciúme é necessariamente uma relação de objeto total, ao passo que a inveja é experimentada essencialmente em termos de objetos parciais, embora persista em relação de objeto total.
 
A inveja tem como objetivo  ser tão bom quanto  o objeto ou pessoa invejada, mas quando a pessoa sente que isso é impossível ela tende a danificar a bondade ou qualidades do invejado, para assim remover a fonte de sentimentos invejados.
 
Esse é um aspecto da inveja que é muito destrutivo.
 
Fortes sentimentos de inveja podem conduzir ao desespero, um objeto ideal não pode ser encontrado e, portanto, não há esperança de amor ou de qualquer ajuda.
 
Podemos transformar essa emoção que nos parece tão “negativa” em  “positiva”, quando ao invejarmos  uma qualidade em alguém, uma posse, um bem, usarmos essa “energia” para conseguirmos, lutarmos, buscarmos esse “objeto”, usarmos essa “energia” para crescimento próprio, pois é muito saudável termos alguém como modelo, ou algum objeto ou cargo como meta, em vez de “destruí-lo” no outro, como por fofoca, que é uma clara demonstração de inveja, insinuações maldosas, comentários, falsos testemunhos e cinismo por exemplo.
 
A inveja é uma emoção totalmente controlável e possível de ser trabalhada, pois quando entramos em contato com essa emoção temos como lidar da melhor forma possível.
 
 
 
E você?
Sente inveja de alguém?
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Crédito:Fátima Nazareth

Autor:Katia Cristina Horpaczky

Fonte:Universo da Mulher