Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Mulher - Uma flor nas mãos do Criador

Numa conversa informal surgiu o assunto do Dia Internacional da Mulher.

E, é claro, dentro dele os famosos itens polêmicos.

Será que, para ser livre, a mulher tem que ser feminista?

O que é feminismo?

Segundo o dicionário, é o “sistema que preconiza a igualdade de direitos entre a mulher e o homem”.

Que direitos são esses?

De tomar suas próprias decisões?

Ter sua mão-de-obra valorizada, sem discriminações?

Exercer poder sobre seu próprio corpo?

Viver seu livre-arbítrio?

O sentido do feminismo foi se deturpando, de acordo com as mentes que o lideravam, surgindo assim os subgrupos.

Com o tempo, o que era para ser libertação se tornou prisão.

É impossível lançar um olhar sobre o século XVIII e não ficar inconformado com os hábitos e costumes da mulher “Amélia”, que era educada para servir aos “homens” de sua vida. Primeiro ao pai, depois aos irmãos, ao marido... aos filhos..., chegando aos netos.

Nada mais justo do que direitos iguais.

O sistema discriminatório tem que ser abolido.

Mas fico perplexo com o rumo que as reivindicações tomaram.

Sabemos que há países em que as mulheres vivem no submundo, oprimidas pelo sistema político e religioso do local. Porém, no geral, o que se vê é muito triste e nos força a pensar nas conseqüências.

Observando de forma generalizada, de serva dos homens de sua vida a mulher passou a ser escrava de seu corpo.

Colocou-se como um belo “produto disponível” ao uso comum.

Aceitou ser símbolo sexual.

Perdeu a dimensão da beleza da criação.

Por perder o respeito por si mesma, acabou desrespeitada.

Por não se valorizar em sua dignidade, permitiu ser vulgarizada e vulgarizou-se.

Em nome da auto-suficiência, perdeu-se nos caminhos de sua opção de vida.

Não quer que ninguém mande nela, mas tem certeza que manda na vida da criança indesejada.

Tem direito e poder sobre seu corpo, mas desrespeita o frágil corpo de um ser em formação.

Faz e defende sexo livre e desregrado, mas cai em depressão por carência afetiva.

Por não buscar com equilíbrio ”seus direitos”, a mulher acabou escrava de seu grito feminista: “Não apóiem e principalmente não obedeçam ao sistema patriarcal, ele escraviza... Para ser livre tem que ter princípios feministas... Para ser feminista tem que lutar pelos direitos da mulher: sim ao aborto, sim ao divórcio...”.

Sinceramente!

Para ser livre tem que entregar sua vida a Cristo!

Ele sim liberta dos sistemas. Ensina a pensar com amor, a não ter discriminação ou preconceito. Foi pioneiro nos direitos humanos. Entregou a vida pela libertação do homem e da mulher igualmente.

O autor Philip Yancey comenta: "Para mulheres e outras pessoas oprimidas, Jesus virou de cabeça para baixo a sabedoria da sua época. De acordo com o grande estudioso bíblico Walter Wink, Jesus violou as morais do seu tempo em todos os seus encontros com mulheres registrados nos quatro Evangelhos".

Jesus também desafiou as leis sociais em relação a ambos os sexos.

Há coisas que nem os séculos conseguem mudar.

O amor não teve princípio e não terá fim!

Por isso, não se deixe levar por revoluções passageiras e humanas.

É possível ser feliz sendo mulher, sendo mãe, sendo profissional...

É possível ter paz nos relacionamentos, ter diálogo com o marido e os filhos. É possível continuar a luta pelos direitos da mulher sem faltar com o amor ao próximo.

O que se pode esperar, então, para a mulher de hoje e de amanhã?

O que justificaria o Dia Internacional da Mulher, se não houvesse uma luta consciente?

A mulher tem capacidade para produzir, raciocinar... É empreendedora!

Fazer com que toda mulher seja verdadeiramente feliz sendo mulher; este é o desafio que se espera da verdadeira luta feminina.

Ser mulher é e sempre será ser filha de Deus.

É ser colaboradora na criação.

É caminhar com passos seguros em busca de justiça, verdade e amor!

Acima de tudo o Amor... Trabalhar pela unidade e igualdade de todos os povos.

Aplaudir as vitórias, vencendo os limites do coração e da razão.

Ser mulher é ser um pouco Maria e não Amélia.

Ficar aos pés do sofrimento de Seu Filho sem deixar de crer.

Iniciar uma nova história, na dor, por amor! Ser bela e ser discreta.

É ser flor nas mãos do Criador...

Ele a coloca onde quer, onde sabe que sua beleza e perfume vão envolver a todos que por ali passarem.

 

* Pe. Jonas Abib é fundador da comunidade Canção Nova (www.cancaonova.com)

 

 

Crédito:Anna Elizabeth

Autor:Ricardo Abel

Fonte:Ex-Libris Comunicação Integrada