A Anistia Internacional informou que a violência contra a mulher é "o desafio mais persistente à defesa dos direitos humanos de nossa era" e denunciou que o flagelo de estupros e da circuncisão feminina ainda afeta milhões de mulheres em todo o mundo.
Um dia depois da data escolhida pela ONU para marcar a Eliminação da Violência Contra a Mulher, a organização de defesa dos direitos humanos, com sede em londres, afirmou que a barbárie contra mulheres não tem fronteiras culturais, religiosas, políticas, sociais ou econômicas.
De acordo com a organização, 120 milhões de mulheres no mundo são submetidas todos os anos à dolorosa prática da circuncisão feminina - que consiste na retirada do clitóris, muitas vezes sem material cirúrgico próprio, anestesia ou condições apropriadas de higiente - a maioria delas em tribos na África, em nome de religião ou cultura.
Na África do Sul, adolescentes pertencem ao grupo de maior risco de estupro. Cinqüenta por cento de todos os assassinatos em Bangladesh são de mulheres - mortas por seus parceiros.
Em Ciudad Juárez, mais de 370 mulheres jovens e pobres - a mais nova delas com 11 anos - foram seqüestradas, torturadas brutalmente, estupradas e assassinadas, na região da fronteira com os EUA. A Anistia afirma que as autoridades não tomaram as medidas necessárias para investigar e lidar com o problema.
Apenas nos EUA, 700 mil mulheres são estupradas todos os anos. Na Grã-Bretanha, as autoridades recebem um pedido de ajuda de mulheres a cada minuto, devido à violência doméstica.
O grupo diz ainda que as mulheres não estão a salvo em tempos de guerra ou de paz. No Paquistão, centenas de mulheres são mortas por seus pais ou irmãos em nome da honra.
Noivas são queimadas vivas na Índia por não conseguirem um dote considerado bom o suficiente.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Fatima Nazareth
Fonte:Reuters