Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Tinas de ofurô

A dilatação e retração da madeira é um dilema na confecção das banheiras de ofurô, mas, para o arquiteto Wilson Will esta etapa foi superada. Há cinco anos ele vem produzindo e desenvolvendo Tinas com tão depurada técnica que alcançou o inusitado: as Tinas Will são resistentes a longos períodos de ressecamento graças ao seu alto rigor construtivo.

 

No Japão, país que originou o ofurô, as tinas precisam estar sempre com água para manter a madeira dilatada, do contrário elas secam, contraem e as juntas se esgarçam provocando vazamentos. Para os ocidentais sair de viagem e deixar a água parada na banheira não é agradável, nem higiênico. As Tinas Will, desenvolvidas com uma das mais perfeitas habilidades de produção de ofurô do mundo, suportam a ausência da umidade.

           

Quando nova, é comum a tina orvalhar pelas juntas de dilatação ou na própria estrutura celular da madeira. Em locais de ar muito seco a retração ocorre com mais freqüência sendo conveniente, às vezes, hidratá-la com toalhas molhadas 1 ou 2 horas antes do uso. “Nunca tive problema nem com peças que submeta a tensões importantes, mesmo que o arco esteja folgado e as juntas aparecendo. Ao colocar água a tina vai inchar e crescer novamente” explica Will.

            

Executadas em processo quase artesanal, as Tinas Will, em sua maioria, precisam ser encomendadas e escolhidas para atender ás necessidades de cada cliente visando à satisfação pessoal e o equilíbrio de cada ambiente. São feitas, especialmente, para as pessoas que as encomendam e virão a desfrutá-las. 

 

 Aos sete anos o paulistano, Wilson Alves, já se aventurava em pequenas construções. “A primeira que lembro, pela ambição que tinha não pelo bem sucedido, era uma caixinha de projetar imagens” recorda. Incomodava marceneiros e mecânicos parava fazer carrinho de rolimã e aos quatorze anos cismou que seria arquiteto.

 

Ainda no colegial, Will, como hoje é conhecido, abandonou a escola para fazer cursos de arte. Mesmo antes de ingressar na FAU-USP, em 72, já tinha projetos executados para alguns clientes e ganhava o suficiente para se manter. Na oficina da faculdade nasceram as primeiras esculturas com o auxílio de máquinas e a experiência o levou a cursar a Escola Brasil.

 

Em 1975, concorreu com 99 artistas brasileiros, entre estes alguns de seus mestres, e ganhou o primeiro prêmio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Morou um ano na Europa. “Estudei com grupos de arquitetos que só conhecia dos livros” declara, com emoção, Will. De volta São Paulo, foi premiado pelo MAM – Ibirapuera, no concurso “O Panorama de Arte Brasileira”.

 

No retorno da viagem do prêmio à Europa, ainda universitário, Will dedicou-se ao estudo do O Capital, de Karl Marx. Os conhecimentos em economia política com a premiação de um concurso de arquitetura fluíram para a compra de máquinas e o aluguel de um galpão em 1979.

 

Desencantado com marchants e galerias Will dedicou-se ao pequeno ateliê-oficina, da rua Caio Graco, onde desenvolveu inúmeras invenções, comprometidas com a ciência da ergonomia, mas, a decolagem só aconteceria em 1980 com a criação dos pentes de madeira. “Tive sucesso completo de mercado e de finanças durante dezesseis anos” afirma Will, que encerrou a produção dos pentes quando surgiram os excessos de imitações.

 

Com olhos de arquiteto, viu a Rua Cerro Corá como ponto panorâmico da cidade e estabeleceu o novo ateliê, Will Arte & Artesanato, no número 585. A partir de 1992 às pequenas obras consumiram a criatividade como – bancos, estantes em forma de colméias, caixinhas de segredos, relógio planetário, globos, cepos, bandejas-giratórias e objetos lúdicos, como puzzles, cavalinhos equilibristas, gato quebra-cabeça entre outros brinquedos articulados.

 

Há cinco anos concebeu e dominou a técnicas de vergar madeira e para confeccionar tinas de ofurô. Cálculos precisos, ostensivo rigor de qualidade dos cortes ao acabamento, as Tinas Will, assim como os pentes, hoje, são resultado de infinitas experiências realizadas pelo arquiteto, que busca no seu trabalho um adjetivo maior que perfeito, e encontra. Uma de suas proezas é a conquista da resistência das tinas a longos períodos de ressecamento sem prejudicar a estrutura, façanha que nem os japoneses conseguiram.

 

 

 

 

AS TINAS DE MADEIRA WILL

 

Além da deliciosa sensação que a madeira propicia ao contato com a pele, justifica-se construir banheiras com esse material devido à excepcional conservação da temperatura da água. O resfriamento acontece à razão de meio grau a um grau por hora nas tinas de 300 litros, por exemplo

 

 

 

 

CONFORTO
E BELEZA

O formato prório das TINAS WILL permite notável conforto ergonômico, propiciando todo prazer do contato com a madeira natural, além de otimizar a quantidade de água necessária.

 

 

ADAPTAÇÃO OCIDENTAL

Apresentadas em diversos tamanhos e construídas com rigorosa e depurada técnica, elas possuem a capacidade de resistir a períodos de ressecamento sem prejuízo da estrutura.

No Japão, país de origem do ofurô, as tinas precisam estar constantemente com água para manter a madeira sempre dilatada, inchada. Seca, ela contrai e as juntas se abrem comprometendo seu funcionamento. As TINAS WILL já superam esses limites, sendo dotadas de encaixes especialmente calculados para suportar a falta de umidade.

 

 

ENCAIXADAS

As TINAS WILL são construídas com componentes lapidados e encaixados, cuja sustentação é feita por arcos de metal. A madeira adotada é o cedro ultra-selecionado e 100% perfeito.

 

 

FÁCIL LIMPEZA

Por dentro as tinas são lisas e polidas para garantir uma higiene perfeita. Proporcionam assim, todo o prazer do contato com a textura e aroma da ura madeira natural.
Externamente élustrada e tratada para conservar seu aspecto de nova.

Conheça nosso pequeno guia de banhos

 

 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Andréa Domingues

Fonte:Universo da Mulher