Rio de Janeiro, 24 de Novembro de 2024

Seios grandes demais podem causar problemas na coluna

Pela segunda vez, ano passado, a cantora Anitta, de 21 anos, se submeteu a uma cirurgia para diminuir o tamanho dos seios, com a intenção de melhorar dores de coluna.

Há dois anos, ela já tinha feito o procedimento, mas precisou repeti-lo porque as mamas tornaram a aumentar.

O caso não é exclusivo da cantora famosa. 

Segundo o cirurgião plástico André Ramalho Braga, Membro da Sociedade Braseleira de Cirurgia Plástica, essa parte do corpo feminino pode crescer em qualquer momento da vida, mesmo após a mamoplastia redutora (nome técnico da cirurgia) e pode acontecer não só com o tecido glandular, mas também com a gordura que faz parte da mama.

“As glândulas mamárias se desenvolvem, sobretudo, na puberdade e no fim da gravidez, quando a amamentação já está próxima. No entanto, variações hormonais podem estimular esse tecido a crescer em outras fases da vida. Já as células adiposas presentes nos seios podem aumentar sempre que a mulher engordar. Algumas pessoas têm tendência a acumular mais gordura nos seios, enquanto outras o fazem em outras partes do corpo, como quadril e cintura” explica Braga.

Dores na coluna são uma das principais razões que levam mulheres a reduzir as mamas, já que o peso delas prejudica o equilíbrio e a postura. Outra motivação comum é a estética.

Braga explica que depois da gestação, as mamas tendem a diminuir, mas a queda delas ( pela flacidez e pela gravidade) dá impressão de aumento de volume.

“A mulher se olha no espelho e vê uma área maior, mas isso não corresponde a um tamanho maior, mas mesmo assim ela quer recorrer à cirurgia”, diz o médico.

Normalmente, a mamoplastia redutora só é indicada após os 18 anos, quando as mamas já atingiram a maturidade. Mas existem situações especiais para as quais se abre exceção, dependendo da avaliação do médico.

“O número do sutiã não é parâmetro para definir o volume gigantesco da mama. O tamanho ideal dos seios para cada pessoa depende da altura, da largura do tórax e se o corpo é mais longilíneo ou brevilíneo. Dependendo do caso da paciente, pode-se retirar glândulas, gordura e pele, ou só pele com reposicionamento da mama. Em média, a cirurgia dura duas horas e meia e a internação é de 24 horas” explica o cirurgião.

Cuidados

André Braga diz que existem limitações quanto à movimentação dos braços e à pratica de atividades físicas, que vão diminuindo em até 90 dias.

“Dormir de bruços e de lado é proibido nos dois ou três meses após a cirurgia e cuidar da segurança na hora de escolher o cirurgião e o hospital também são medidas importantes” explica o especialista.

 

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Crédito:Luiz Affonso

Autor:Mirian Barbosa

Fonte:DMC21