O tratamento da doença periodontal em indivíduos fumantes torna-se complexo pela dificuldade de convencer o paciente a abandonar o hábito e o vício do cigarro. O fumante tem o hábito de levar o cigarro à boca aliado à dependência química de determinadas substâncias presentes no cigarro, caracterizando o vício. O protocolo de tratamento é semelhante nos individuos não fumantes, embora tenha duas principais particularidades: a primeira é que os cirurgiões-dentistas, darão início a uma campanha de apoio ao abandono do hábito e do vício; a segunda é que o paciente deve estar ciente de que a cicatrização em fumantes também é afetada pela falta de vascularização, gerando um atraso de duas a três semanas para o reparo completo de qualquer ferida cirúrgica intra-oral.
O nosso, papel, enquanto profissionais de saúde, é informar, de maneira clara e objetiva, todos os prejuízos causados pelo cigarro, em boca e na saúde geral, e motivar o paciente a parar de fumar, fornecendo ferramentas de ajuda à síndrome de abstinência, ou seja, à sensação de ansiedade de perda que acompanha o abandono do vício nos primeiros meses. Quando o paciente relata que fuma de 5 a 10 cigarros por dia, ele está informando que o hábito é mais forte que o vício, e portanto é mais fácil parar. Mas se o indivíduo relata fumar uma quantidade superior a 20 cigarros por dia, o vício químico pode ser maior que o hábito, dificultando o processo de abandono do vício. Em ambos os casos, o paciente tem que desejar viver sem o cigarro. Talvez, para muitos indvíduos, falte informações suficientemente impactantes, que o convençam a parar de fumar. Para outros, essas informações não são suficentes.
Se o paciente demonstra a “força do hábito” do cigarro, uma boa opção é o cigarro eletrônico. Esse pequeno aparelho consiste em uma piteira elétrica, que produz fumaça, e que possui cartuchos que podem estar vazios, ou carregados com diferentes níveis de nicotina. Esse dispositivo tem se mostrado bastante eficiente. Em indivíduos dependentes quimicamente da nicotina, o cigarro elétrico não parece ser suficiente. Deve-se obter auxílio médico, com indicação expressa do dentista, para que o indivíduo faça uso de medicações específicas para o controle da ansiedade.
A Dr. Maristela Lobo garante que além de deixar os dentes escurecidos, o cigarro favorece a inflamação gengival e dificulta a cicatrização no tratamento dentário.
A ESPECIALISTA:
Dra. Maristela Lobo
Área de Atuação: ODONTOLOGIA ESTÉTICA
(Dentística, Periodontia e Implantes)
site: www.maristelalobo.com.br
Crédito:Cris Padilha
Autor:Euracy Campos
Fonte:Universo da Mulher