Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Vaginite - Os cuidados para evitar corrimentos

O corrimento vaginal é comum, mas pode ser evitado
 
Umidade e calor na região íntima da mulher, somados a fungos e bactérias, são fatores que favorecem o aparecimento de vaginite ou corrimento vaginal.
 
O atrito no local, provocado por roupas apertadas, também pode agravar o problema.
 
A vagina é lubrificada, normalmente, por um líquido claro e transparente como clara de ovo ou leitoso, ambos sem odor.
 
Quando seca na calcinha, a secreção pode manifestar cor amarelada.
 
Em caso de corrimento, essa substância natural da vagina apresenta coloração ou odores diferentes.
 
Conforme explica a ginecologista Cláudia Gazzo, o problema pode ser determinado por: - Candida (fungo da flora intestinal) - caracteriza-se por secreção esbranquiçada, tipo leite coalho, c om odor ácido; coceira, que se intensifica no período pré-menstrual, e melhora depois da menstruação;
- Gardnerella Vaginalis (bactéria) – o corrimento é claro, transparente, mas manifesta odor forte como o de peixe. Intensifica-se após a menstruação. É comum em mulheres sexualmente ativas após a menopausa;
- Tricomonas Vaginal (protozoário) - causa corrimento esverdeado pós-menstrual e odor fétido;
- Streptococcus do grupo B (bactérias) – provoca a vaginite irritativa por meses ou anos e é mais frequente pouco antes ou após a menopausa.
 
Saiba as causas do corrimento vaginal e veja como evitar
 
Também conhecido como vaginite, o corrimento vaginal é um dos problemas ginecológicos mais comuns e freqüentes na mulher - Alguns tipos são causados por doenças sexualmente transmissíveis, outros por desregulamento da flora vaginal e alguns, inclusive, podem ter origem em fatores psicológicos, como o estresse.
 
"Toda mulher possui uma secreção própria, que é natural e normal. Esse muco, que no período fértil fica um pouco aumentado, tem aspecto cristalino, como se fosse uma clara de ovo", explica a ginecologista Silvana Chedid.
 
Quando essa secreção passa a assumir um aspecto esbranquiçado ou amarelo e com odor, acompanhada de coceira, dor (agravada durante a relação sexual) ou ardor, o corrimento pode ter causas patológicas diversas. E elas variam de um simples desequilíbrio orgânico até doenças venéreas, como a gonorréia.
 
"Os agentes de corrimento mais comuns são os fungos. A candidíase, por exemplo, é um dos corrimentos mais freqüentes", comenta o ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Domingos Auricchio Petti.
 
Com um corrimento de aspecto cremoso e esbranquiçado, a candidíase pode ser adquirida durante a relação sexual, por roupas e objetos contaminados, por causa de uma higiene pessoal inadequada ou quando a mulher apresenta baixa resistência imunológica.
 
Uma dica é tentar manter a região da vagina o mais arejada possível, pois a candidíase aparece quando a área está quente e úmida.
 
"Usar calcinhas de algodão, que permitem uma ventilação melhor e absorvem as secreções, é o mais indicado", alerta Petti.
 
Outra idéia é dormir sem calcinha para evitar o abafamento da região sempre que possível.
 
Além dos fungos, bactérias e protozoários também são agentes causadores dos corrimentos vaginais.
 
A tricomoníase, por exemplo, que se caracteriza por uma secreção amarelada e ardor, é causada por um protozoário transmitido durante a relação sexual e por roupas e instrumentos ginecológicos contaminados.
 
Esses microorganismos podem ainda contaminar a mulher durante a masturbação.
 
Uma vez que ela se toque sem antes ter tido uma higiene correta das mãos ou dos objetos utilizados, as chances de uma infecção por bactérias e fungos crescem consideravelmente.
 
Alergias a absorventes, amaciantes e produtos de higiene podem também estimular o aparecimento de corrimentos. Nesses casos, o ideal é que se evite o contato com o alergênio em questão, a fim de evitar irritações na região vaginal.
 
Tratamentos:
Não há um tratamento específico e padrão para a vaginite, cada caso pede um medicamento direcionado ao agente do corrimento.
 
"Em geral, se usa cremes vaginais e comprimido via oral, mas algumas vezes é necessário o tratamento do parceiro também", explica Silvana.
 
É importante, no entanto, que a mulher não tente "adivinhar" o que lhe causou o corrimento.
 
Exames ginecológicos como o papanicolau e os laboratoriais são necessários para se definir o melhor tratamento a seguir.
 
Em casos mais simples, o não tratamento da vaginite pode trazer à mulher apenas um desconforto constante, ardor, corrimento permanente, irritação dos órgãos genitais e odor.
 
"No entanto, dependendo do microorganismo causador, como o caso de algumas bactérias, quando não tratados podem infeccionar trompas e ovários", alerta Silvana.
 
Fatores que favorecem a vaginite:
- Alergia
- Baixa imunidade
- Diabetes
- Doenças sexualmente transmissíveis
- Estresse
- Gravidez
- Higiene incorreta
- Masturbação
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Cláudia Gazzo

Fonte:Universo da Mulher