O tempo frio e seco associado à poluição do ar prejudicam a qualidade de vida dos cerca de 25% dos brasileiros que sofrem com a doença.
A chegada das estações mais frias do ano também traz uma grande preocupação para quem costuma sofrer de rinite alérgica.
O ar frio e seco, além do maior acúmulo de poluição no ar, favorece o surgimento da doença. Os alérgicos já sabem que vão ter que conviver por um bom tempo com coriza, espirros, coceira, lacrimejamento e até dor de garganta.
Entre as doenças alérgicas, a rinite é a mais comum, atingindo em torno de 25% da população brasileira.
A condição é uma reação de defesa exagerada do organismo dos alérgicos contra agentes externos que possam chegar aos pulmões.
Por conta disso, o nariz acaba produzindo muito mais muco (ou secreção) e provocando espirros, coriza e/ou obstrução nasal. Tudo para impedir a entrada da substância entendida pelo corpo como uma ameaça.
As estações frias, porém, colaboram para a piora da doença. O ar seco e frio resseca a mucosa nasal de quem sofre com rinite alérgica, irritando o local.
Por sua vez, a poluição acumulada na atmosfera entra com maior facilidade pelo nariz e provoca uma reação exagerada do sistema imunológico que responde com incômodos sintomas.
Ao contrário do que muitos acreditam, o alérgico não nasce com a doença.
Ela pode ser desenvolvida a qualquer momento da vida, mesmo em relação a substâncias e alimentos que fazem parte da rotina há muito tempo.
Isso porque a pessoa pode ter herdado dos pais a possibilidade de tornar-se sensível a determinado alimento, pó, ácaros, fungos, entre outros.
Segundo os especialistas, pais alérgicos têm 50% de chances de ter filhos também alérgicos. Mas isso não necessariamente acontece na infância.
A rinite alérgica pode ser classificada como intermitente (menos de quatro dias por semana ou menos de um mês) ou persistente (contínua) e a intensidade dos sintomas é dividida em leve (quando os sintomas não incomodam), moderada e grave (quando os sintomas atrapalham a qualidade de vida da pessoa).
Principais sintomas e características da doença
Quem convive com a rinite alérgica, ao entrar em contato com o que provoca sua alergia, pode espirrar imediatamente até várias vezes seguidas.
Além dos espirros, congestão nasal, coriza, lacrimejamento, olhos irritados, coceira (no nariz, garganta e ouvidos), tosse e até cefaléia são os principais sinais do problema.
Muitos deles, entretanto, são fatores que prejudicam a qualidade de vida da pessoa.
A congestão nasal, por exemplo, pode atrapalhar o sono, deixando o indivíduo sonolento, irritado e cansado durante o dia, comprometendo sua produtividade.
As crianças, muitas vezes, apresentam dificuldades de concentração na escola, por conta dos incômodos sintomas. Elas também podem dormir mal e ficar irritadiças.
Mas antes da escolha do tratamento adequado, o especialista precisa identificar o alérgeno (substância que provoca a alergia) causador das crises.
Para isso, o especialista recorre a alguns exames laboratoriais, como o IgE Específico (exame de sangue) e a testes cutâneos.
O histórico familiar é avaliado, assim como o relato do paciente, que tem grande importância no diagnóstico. É importante que ele informe as situações que envolvam as crises alérgicas e a sua duração.
Uma rinite mal tratada pode levar à sinusite (inflamação dos seios da face que provoca dor na região e prurido), otite (inflamação dos ouvidos) e facilitar o surgimento de outras infecções, como gripes e resfriados.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Lilian Hirata
Fonte:Ketchum Estratégia