O transplante de ossos avança a passos lentos e emperra, muitas vezes, na falta de esclarecimento público sobre o processo. Regulamentada pelo Ministério da Saúde há quatro anos, a discreta utilização de banco de ossos pela Odontologia vem sendo muito útil a pessoas com perda óssea bucal provocada por tumores e outros problemas odontológicos.
Um único doador pode beneficiar cerca de 350 pessoas e evitar que sejam submetidas ao sofrimento de ter de extrair osso da própria bacia ou do queixo, diz o cirurgião-dentista Marcelo Rezende, diretor da Smiling Dental Care.
Rezende explica que, dos sete bancos de tecidos musculoesqueléticos existentes no Brasil, apenas o da Universidade de Marília, no interior de São Paulo, oferece material destinado ao uso odontológico. O osso transplantado ativa a regeneração óssea do paciente. Depois de alguns meses, esse material é substituído pelo osso da própria pessoa. É importante ressaltar que os ossos doados passam por um controle bastante rigoroso de captação e armazenamento antes de serem cortados em pequenos blocos para serem usados nos enxertos odontológicos.
Segundo o especialista, o Brasil necessita de mais campanhas que incentivem a doação de órgãos, incluindo ossos. As vantagens de se optar por esse tipo de recurso são inúmeras, resultando em procedimentos mais rápidos e confortáveis para os pacientes. Outro benefício é que, através do transplante ósseo, é possível recuperar um volume muito maior do que o que conseguimos ao contar apenas com o material do próprio paciente.
Fontes: Dr. Marcelo Rezende é cirurgião-dentista, especialista em implantes dentários, diretor da Smiling Dental Care (Manaus, AM), e membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética
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Crédito:Cris Padilha
Autor:Jorge Valério
Fonte:Universo da Mulher