Nesses tempos em que a estética rege a verdadeira ditadura da magreza, ter um corpo malhado e esbelto tornou-se uma obsessão. Academias, clínicas de estética, dietas, tratamentos e cirurgias plásticas são cada vez mais utilizadas na busca pelo corpo ideal.
Mas para quem está bem acima do peso, o problema é outro: a saúde. A obesidade é um dos maiores problemas de saúde da atualidade, matando por ano quase 100 mil pessoas só no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Cerca de 70 milhões de brasileiros (40% da população) está com excesso de peso e, em muitos casos, a cirurgia bariátrica é a única solução.
Usadas no tratamento da obesidade mórbida, essas cirurgias reduzem o tamanho do estômago e/ou intestino, com o objetivo de limitar a quantidade de comida que se pode ingerir e/ou absorver. É uma ótima escolha para pessoas que estão severamente obesas e não podem ou já tentaram perder peso através de outros meios.
Dentre varias técnicas diferentes para se tratar o problema, a Banda Gástrica vem se firmando como a opção mais segura aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) como sendo a menos invasiva e a que apresenta menores lesões ao organismo.
A Silimed, primeira empresa da América Latina a fabricar produtos cirúrgicos feitos de silicone, produziu uma banda gástrica que favorece bons resultados na adaptação do paciente, com uma válvula de silicone de abas largas que evita a sua torção e que age com baixa compressão, o que minimiza o risco de erosão do estômago.
O procedimento consiste na colocação de um pequeno anel de silicone ao redor da porção superior do estômago. "Este anel divide o estômago em dois compartimentos: um pequeno que fica acima da banda e irá armazenar pouca quantidade de alimento que, quando cheio, causa a sensação de saciedade; e um segundo compartimento maior, que é o resto do estômago normal abaixo da banda, e que continuará a participar do processo digestivo normal, recebendo e enviando o alimento para o duodeno", explica o Dr. Bruno Zilberstein, membro titular da Federação Brasileira de Gastroenterologia e professor de pós-graduação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). "Como os receptores que traduzem para o cérebro a mensagem de saciedade se encontram na parte de cima do estômago, o paciente terá o apetite diminuído e ficará satisfeito com refeições bem menores que antes da operação", completa o gastroenterologista, autor de 17 livros na área de cirurgia geral e do aparelho digestivo.
A cirurgia é feita sem precisar grampear ou suturar o aparelho digestivo e o tempo de internação é mais reduzido, o que a diferencia de outras cirurgias bariátricas. As complicações são raras e dentre elas em apenas 2% dos casos pode ocorrer um deslocamento da banda para porções mais inferiores ou superiores do estômago, o que freqüentemente é causado pela insistência em se fazer uma alimentação forçada. Além disso, a capacidade de ingestão alimentar é facilmente controlada e pode ser totalmente revertida sem nenhuma operação adicional, pois a banda pode ser insuflada ou desinsuflada a qualquer momento após a operação.
Um dos fatores mais importantes para o sucesso da cirurgia é o acompanhamento profissional tanto no pré quanto no pós-operatório. Endocrinologistas, psicólogos e nutricionistas são fundamentais no preparo e na manutenção do tratamento, pois a pessoa deve se acostumar a uma nova rotina diária para que os resultados apareçam. A maioria dos pacientes tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte. Durante 30 dias, eles ingerem apenas líquidos. Após esse período aumenta-se a variedade e quantidade dos alimentos gradualmente. A volta completa das atividades demora cerca de uma semana.
A banda gástrica é indicada para pacientes com índice de massa corporal (IMC) acima de 35, resultando numa perda média de cerca de
Crédito:Cris Padilha
Autor:Yuri Antigo
Fonte:Universo da Mulher