A pesquisa, que está sendo divulgada no Congresso Brasileiro de Neurologia, mostra que a pessoa que não cuidou do CIT (crise isquêmica transitória) terá AVC dentro de cinco anos. O relator do estudo,
Gagliardi apresenta a relação da prevenção, cuidados com as causas do infarto e a importância de se identificar com antecedência um micro-infarto ou CIT. Esses pequenos infartos oferecem riscos também e aumentam a possibilidade de um segundo infarto mais grave.
Segundo esta pesquisa, afirma Gagliardi, a prevenção deve ser feita detectando-se e corrigindo-se os fatores de risco que podem desencadear o AVC. Os principais fatores de risco são: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemais, tabagismo, o alcoolismo intenso, cardiopatias, sedentarismo, mal-formação vascular, drogas ilícitas, distúrbios de coagulação e idade. Idosos ou jovens podem sofrem de AVC, por isso a prevenção é estabelecida de acordo com os fatores de risco e seu controle rígido.
No Brasil, 36% da população sofre de hipertensão arterial, que é o principal fator de risco de um derrame. Porém, é possível estabilizar a pressão arterial mudando alguns hábitos, como dieta, perda de peso. Entre esses hipertensos, apenas 58% estão em tratamento e destes somente 68,5% estão devidamente controlados.
Segundo estudo feito por Gorelick nos Estados Unidos em 1997, se a pressão arterial fosse devidamente corrigida, seriam evitados anualmente 246.500 casos novos de AVC. Se a hipercolesterolemia fosse devidamente controlada, haveria menos 100 mil casos novos de AVC. Se o tabagismo fosse interrompido, seriam 61.000 casos menos de AVC por ano. E se o alcoolismo intenso fosse evitado, haveria 23.500 casos anuais a menos.
O XXIII Congresso Brasileiro
Mais informações pelo site www.neuro2008.com.br
Crédito:Cris
Autor:Paula Schmidt
Fonte:Universo da Mulher