Suas chances aumentam em até 50% quando é realizada a ovodoação
Antes dos 40
Quando a menopausa ocorre antes dos 40 anos, sem uma causa aparente, costuma-se identificar o processo como Falência Ovariana Prematura ou FOP. Os desconfortos da transição hormonal, neste caso, ocorrem gradualmente, como na menopausa natural. Os ciclos menstruais tornam-se irregulares e os demais sintomas e outros distúrbios típicos do desequilíbrio hormonal começam de forma branda e recrudescem, como na fase normal de transição ou perimenopausa, afirma o médico. A FOP pode ter causas genéticas ou ser conseqüência de doenças auto-imunes como a artrite reumatóide, o lupus e o diabetes. As doenças auto-imunes levam o organismo a desenvolver anticorpos que, em alguns casos, afetam o sistema reprodutivo e interferem na produção dos hormônios que regulam a ovulação e as demais funções ovarianas, explica Joji Ueno, diretor da Clínica Gera.
As pesquisas médicas vêm revelando que a idade da menopausa tem a ver com a história familiar da paciente. Isto é, as filhas tenderiam a enfrentar o processo por volta da mesma idade que suas mães, irmãs ou avós. Este dado pode indicar a probabilidade da menopausa prematura se repetir, quando faz parte do histórico familiar, diz o médico. Outra razão para a menopausa aparecer mais cedo é a ocorrência de infecções de origem viral durante a gravidez, fato que pode afetar o desenvolvimento dos ovários do feto e levar a menina a nascer com menos óvulos do que o normal e a esgotar seus estoques antes da época naturalmente prevista para a maioria das mulheres. Defeitos no cromossomo X também podem interferir na produção dos óvulos e antecipar a menopausa em seis ou oito anos. Outros tipos de defeitos cromossômicos podem levar a mulher à menopausa antes dos 20 ou 30 anos. Existem casos de problemas genéticos como a Síndrome de Turner em que a mulher nem chega a desenvolver os ovários e a menstruar, explica Joji Ueno.
Ondas de calor os chamados fogachos atingem 80% das mulheres. As ondas aparecem subitamente e duram de 5 a 30 minutos, acompanhadas de suor intenso e desconforto;
Suores noturnos;
Irregularidade menstrual o fluxo menstrual vai diminuindo progressivamente. De vez em quando pode tornar-se abundante, parar por alguns meses, reaparecendo depois em ciclos esparsos;
Ressecamento vaginal sintoma que provoca desconforto especialmente durante as relações sexuais;
Diminuição da libido a vontade de praticar sexo sofre uma perceptível redução;
Incontinência urinária por perda de tônus da bexiga;
Dores de cabeça;
Alterações na pele e nos cabelos;
Insônia e cansaço;
Perda de memória;
Aumento de peso;
Perda de força muscular;
Perda de massa óssea, com decorrente risco de osteoporose;
Nervosismo, irritabilidade;
Alterações do humor;
Tensão, ansiedade;
Depressão.
Tratando o problema
A determinação da causa da menopausa prematura é importante para as mulheres que desejam engravidar. O exame físico é útil, seguidos por exames complementares, como o de dosagem hormonal e o ultra-som ovariano. Exames de sangue podem ser realizados para se investigar a presença de anticorpos que acarretam danos às glândulas endócrinas - exemplo de doenças auto-imunes. Para as mulheres com menos de 30 anos de idade, uma análise dos cromossomos é geralmente realizada. Confirmado o diagnóstico, a regra para tratamento é a Terapia de Reposição Hormonal, a TRH. O uso da TRH é imprescindível nos casos de menopausa de origem cirúrgica ou provocada por quimioterapia, em virtude da intensidade destes sintomas, afirma Joji Ueno. Além disto, a menopausa precoce é indicação precisa de Terapia de Reposição Hormonal, pois essas mulheres apresentam risco quatro vezes maior de desenvolver doenças cardíacas e sete vezes maior de desenvolver osteoporose.
Chances menores de engravidar
A mulher com menopausa prematura apresenta uma chance inferior a 10% de ser capaz de conceber. Suas chances aumentam em até 50% quando é realizada a implantação de óvulos de uma outra mulher no seu útero - a ovodoação - após eles serem fertilizados em laboratório, com emprego das técnicas de fertilização in vitro, FIV, onde a doadora deverá passar por um processo de indução da ovulação indicado para o bebê de proveta. Paralelamente, a receptora recebe hormônios que preparam o endométrio para receber os embriões. Enquanto os óvulos se desenvolvem na doadora, o endométrio da receptora fica mais espesso a cada dia. Quando os óvulos da doadora forem aspirados, parte deles serão encaminhados para a receptora, sendo fertilizados com o sêmen do próprio marido. Em seguida, os embriões são transferidos para cada uma das pacientes.
Habitualmente, encontramos poucas mulheres com interesse em doar óvulos. Na verdade, as pessoas têm pouca informação sobre a importância e a necessidade da doação de oócitos. Com mais esclarecimentos sobre o assunto, a disposição da mulher em fazer a doação tenderia a aumentar, pois este gesto não acarreta em nenhum prejuízo à saúde da doadora. Vamos discutir a ovodoação com a comunidade no próximo dia 07 de junho, durante uma palestra do projeto Conversa de Casal. Para participar da discussão é necessário fazer a inscrição pelo telefone (11) 3266
Data: 31 de maio, sábado
Local: Clínica GERA
Rua Peixoto de Gomide, 515
Conjuntos 11 e 12
São Paulo-SP
Horário: entre 10:00 e 12:00
Informações e inscrições: (11) 3266 7974
É necessário doar um pacote de fraldas descartáveis
Homepage: www.clinicagera.com.br
Blog: http://conversadecasal.zip.net.
O projeto Conversa de Casal conta com o apoio do Espaço Vida & Nascer Natural, que ao final de cada palestra realizará o sorteio de brindes para os participantes. Para conhecer o espaço, acesse: www.vidaenascernatural.com.br
Crédito:Cris Padilha
Autor:
Fonte:Márcia Wirth