Bexiga Hiperativa
Sabe aquele medo de pegar trânsito ou fazer uma longa viagem e, de repente, se encontrar a quilômetros de algum banheiro? Ou pegar aquele cineminha no fim de semana e ter que deixar a sala de projeção para procurar o toalete...
Para muitas mulheres, isso não é apenas uma mania, mas sim, o reflexo de uma doença que atinge cerca de 15% da população adulta, o que representa no Brasil quatro milhões de pessoas. A Bexiga Hiperativa é velha conhecida dos especialistas, mas os problemas relacionados com a síndrome são pouco relatados pelas mulheres, principalmente por atribuírem como causa o processo normal de envelhecimento e pelo embaraço da abordagem do tema.
A Síndrome da Bexiga Hiperativa é caracterizada pelos seguintes sintomas, que podem aparecer em conjunto ou separadamente: urgência freqüente desejo súbito, intenso e imprevisível de urinar; aumento de freqüência mais de oito micções durante o período de 24 horas, podendo estar acompanhado ou não de noctúria (acordar duas ou mais vezes por noite para urinar); e urge-incontinência episódios de perda involuntária de urina, associada ao desejo súbito e intenso de esvaziar a bexiga. Os problemas de micção relacionados à Bexiga Hiperativa não são naturais do avanço da idade e a doença tem cura, sim, diz o urologista Dr. José Travassos. Segundo dados da literatura, existem mais pessoas que sofrem da doença do que casos de Mal de Alzheimer ou osteoporose, e é apontada como um dos principais fatores que prejudicam a qualidade de vida, completa. A depressão e a perda de auto-estima são algumas das conseqüências diretas da Síndrome da Bexiga Hiperativa, além da sensação constante de falta de higiene. Estudos sugerem que ela cause mais transtornos à qualidade de vida do que a diabetes. Isso porque ela pode vir a prejudicar atividades diárias, a prática de esportes, o sono, a vida social e sexual. Mesmo quando apresenta sintomas brandos, a Bexiga Hiperativa pode esconder uma doença mais grave, e ser o início de uma Incontinência Urinária. A Bexiga Hiperativa trata-se de uma alteração funcional da bexiga, quando o órgão sofre contrações involuntárias. Isso pode estar associado a condições neurológicas, como lesões na coluna e esclerose múltipla, ou simplesmente ser de causa desconhecida, explica o Dr. Travassos. Os tratamentos passam de reeducação alimentar e física até intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade do caso. Porém, o diagnóstico da Síndrome da Bexiga Hiperativa só pode ser confiado a um especialista, no caso, um urologista. Muitas mulheres sofrem com a doença, sem nem sequer se dar conta de que podem contorná-la. Informação é fundamental, mas também, a conscientização de que não é vergonha nenhuma falar sobre problemas mictórios, afinal, é algo muito mais comum do que se imagina, conclui o Dr. José Travassos. *** Personagem para abordar o assunto e explanar sobre exames, diagnóstico e tratamento:
Dr. José Travassos: Primeiro Urologista Brasileiro a realizar uma cirurgia de Prostatectomia Radical Laparoscópica com auxilio de braço robótico. Formado pela Universidade Federal do Pará. Diretor Clinico do Instituto de Urologia Santa Rita. Especialista em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia. Membro da Ecole Europeenne de Chirurgie. Idealizador do ENDOUROLOGIA / LAPAROSCOPIA.
Crédito:Cris Padilha
Autor:Mariel Ogata
Fonte:Mariel Ogata