No Dia Mundial do Diabetes especialistas alertam sobre a importância de tratar o pré-diabetes
Pacientes com pré-diabetes apresentam o dobro de risco de eventos cardiovasculares
Dia 14 de novembro acontece o Dia Mundial do Diabetes e os médicos alertam para os cuidados com a saúde que podem ajudar a controlar e evitar o diabetes e as suas complicações. Apesar da ampla divulgação dos perigos do diabetes tipo
De acordo com a Federal Internacional do Diabetes (IDF), em 2003 existiam 314 milhões de pessoas com pré-diabetes no mundo e a projeção para 2025 é que sejam 472 milhões. Isso demonstra um aumento expressivo de pessoas nessa condição, pois cerca de 50% desses pacientes desenvolverão diabetes tipo 2 nos próximos 10 anos, afirma o endocrinologista Ruy Lyra, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Esses dados revelam a importância do tratamento e do controle do pré-diabetes, tanto para a prevenção como para a diminuição da progressão da doença, afirma o especialista.
Estudos científicos mostram que 50% das pessoas com pré-diabetes, se não tratadas, vão desenvolver o diabetes tipo 2 em 10 anos o, que conseqüentemente, pode levar a complicações como alterações na circulação sanguínea, doenças coronarianas, comprometimento do funcionamento renal, problemas de visão e dos nervos. Além disso, os portadores de pré-diabetes apresentam 34% mais chance de morrerem devido a um evento cardiovascular ou derrame cerebral, do que as pessoas que não apresentam essa condição.
Diagnóstico
Assim como no diabetes tipo 2, o pré-diabetes é uma doença silenciosa, por isso, médicos recomendam a investigação da condição nos pacientes que apresentam mais fatores de risco como idade acima de 40 anos; excesso de peso; histórico familiar da doença; mulheres que apresentaram diabetes gestacional; pessoas com pressão alta, colesterol alto, entre outros problemas. O pré-diabetes precisa ser visto com seriedade, pois o paciente nesta fase já apresenta um risco cardiovascular duas vezes maior do que aqueles que não têm níveis elevados de glicose, afirma o endocrinologista Freddy Eliaschewitz, coordenador médico do núcleo de terapia celular e molecular da Universidade de São Paulo.
O diagnóstico de pré-diabetes é feito por exames laboratoriais que determinam os níveis sanguíneos de glicose (glicemia) no sangue. Deve ser realizado o teste da glicemia em jejum e/ ou, mas também o teste de sobrecarga oral à glicose (dosagem da glicose duas horas após a ingestão de
Tratamento
O tratamento do pré-diabetes consiste na mudança dos hábitos de vida, o que inclui a prática de exercícios físicos, parar de fumar e manter uma alimentação saudável. A prática de atividades físicas de forma regular (30 minutos diários de exercícios moderados), associada à perda de
No Brasil, o medicamento Glucobay® (acarbose, da Bayer Schering Pharma divisão da Bayer HealthCare), é o único tratamento aprovado em bula para o tratamento do pré-diabetes. Estudos com o medicamento demonstraram uma redução de 36% no risco de progressão para o diabetes e diminuição dos eventos cardiovasculares em 49%, além da redução de 34% do risco do surgimento de novos casos de hipertensão arterial. O tratamento adequado pode levar à prevenção não só do desenvolvimento do diabetes como se pensa, mas também a prevenção de doenças cardiovasculares, explica Ruy Lyra.
Os sintomas, diagnóstico e tratamentos do pré-diabetes serão abordados durante o XIII Congresso Latino Americano de Diabetes da ALAD (Associação Latino Americana de Diabetes), que acontece de
Mudança de hábitos para quem tem pré-diabetes:
· Adotar dieta saudável e balanceada com verduras e frutas
· Evitar gorduras e carboidratos
· Reduzir a ingestão de álcool
· Parar de fumar.
Crédito:Cris Padilha
Autor:Danúbia Teixeira
Fonte:Burson Marsteller