Muitas vezes fatal, ou resultando em graves seqüelas, o acidente vascular cerebral (AVC), ou simplesmente derrame cerebral, vem sendo exaustivamente pesquisado, pois é hoje uma das principais causas de morte e de incapacitação física em todo o mundo.
No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, o derrame é a principal causa de morte, ultrapassando o infarto.
Sua elevada incidência se deve ao aumento da expectativa de vida e a hábitos inadequados da população brasileira. Avanços científicos no tratamento e prevenção do AVC dão esperanças ao combate do derrame e também da sua recorrência cuja repercussão pode ser ainda mais grave que no primeiro caso.
O acidente vascular cerebral acontece quando as artérias carótidas (vasos do pescoço que levam sangue para o cérebro) ficam entupidas por placas de aterosclerose (restos de gordura, de cálcio, de coágulos sanguíneos, etc) que, de tempos em tempos podem desprender pedaços (chamados êmbolos), que vão para o cérebro, onde entopem vasos menores.
A falta de circulação mata as células que receberiam sangue. Dependendo do local onde isso ocorre, o paciente sofrerá seqüelas maiores ou menores, podendo até mesmo falecer.
A melhor maneira de combater o AVC é a prevenção. Segundo o Dr. Eli Faria Evaristo, neurologista do Serviço de Neurologia de Emergência do Hospital das Clínicas, em São Paulo, a incidência da doença pode ser reduzida drasticamente com uma medida relativamente simples: controlar os fatores de risco para AVC, como a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, aumento do colesterol e triglicérides, alcoolismo e arritmias cardíacas.
O AVC traz um profundo impacto na qualidade de vida dos pacientes pelas graves seqüelas físicas e mentais que pode causar; leva a um impacto econômico, pois compromete a vida produtiva dos pacientes, além de gerar custos elevados no cuidado dos mesmos; tem impacto social, pois interfere profundamente na dinâmica familiar e da sociedade em que o paciente vive, afirma o Dr. Eli.
Quem já sofreu um derrame, além das possíveis seqüelas e limitações físicas, pode apresentar sério risco de sofrer um novo AVC ou complicações cardiovasculares. Nos Estados Unidos existem 5 milhões de sobreviventes de AVC e estima-se pelo menos a metade desse número no Brasil. Dos sobreviventes de AVC, 40% apresentam seqüela moderada ou grave e 25% mantêm algum grau de limitação física e/ou mental.
Somente 10% não apresentam indícios aparentes desse tipo de evento, afirma o Dr. Jairo Lins Borges, cardiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. Segundo um importante estudo publicado na revista Stroke, a mortalidade do AVC pode chegar a 80% em dez anos, principalmente por AVC recorrente e causas cardiovasculares. Por isso, é preciso tomar uma série de medidas para a prevenção da reincidência.
Em geral, os fatores de risco para a recorrência de um AVC são os mesmos da primeira ocorrência, embora muitas vezes se apresentem em grau mais intenso. Além disso, as próprias seqüelas do AVC ocorrido anteriormente podem dificultar a aplicação das medidas terapêuticas ideais, explica o Dr. Eli. Adiciona-se ao controle dos fatores de risco o uso de medicamentos, que, segundo o médico, são escolhidos dependendo do mecanismo causador do AVC.
Um estudo recente publicado na revista norte-americana Stroke demonstrou que o medicamento cilostazol é eficaz para inibir a progressão e induzir à regressão de placas de aterosclerose em artérias cerebrais de pacientes com doença cerebrovascular sintomática (após ocorrência de AVC ou ameça de AVC). Outro grande estudo mostrou que o cilostazol reduz em 42% o risco de AVC recorrente. As diretrizes japonesas sobre prevenção de AVC consideram o cilostazol como alternativa à aspirina na prevenção da recorrência do AVC.
O medicamento apresenta ainda outros importantes efeitos, como redução de 15% dos níveis de triglicérides, aumento de 10% nos níveis do bom colesterol (HDL), diminuição do desenvolvimento de aterosclerose na parede das artérias (agente anti-aterosclerótico) e proteção das células cerebrais.
Sobre a Libbs
Presente no mercado de medicamentos éticos desde 1958, a Libbs Farmacêutica tem 976 funcionários, opera duas fábricas, uma no bairro da Pompéia e outra na cidade de Embu, em São Paulo.
Distribuindo medicamentos em todo o País, e faturando cerca de 106 milhões de dólares por ano (dados de 2004, publicados pelo IMS), a empresa é um dos poucos laboratórios farmacêuticos no Brasil que mantêm uma unidade industrial de química fina para produção de insumos para a indústria farmacêutica.
A empresa atua nas áreas de ginecologia, cardiovascular, neuropsiquiatria, gastroenterologia, pediatria, dermatologia e oncologia. Os produtos mais vendidos atualmente são: Diminut (contraceptivo), Libiam (reposição hormonal), Ancoron (antiarrítmico), Cebrilin (antidepressivo), Finalop (tratamento e prevenção da calvície masculina), entre outros.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Ana Carolina Prieto
Fonte:Segmento Comunicação Integrada