Segundo o Projeto Diretrizes de 2001 _ um documento formulado em iniciativa conjunta da Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina que objetiva conciliar informações na área médica para padronizar condutas que auxiliem a tomada de decisão do médico _ a dor mamária pode ser cíclica (piora no período menstrual) ou acíclica (sem relação com o período menstrual).
É frequentemente bilateral (nos dois seios) e acontece principalmente na parte superior e lateral da mama. Geralmente está relacionada com o espessamento mamário, resultante da ação hormonal e pode acontecer em várias intensidades.
O limite da normalidade no tecido mamário é difícil de ser definido devido às modificações dinâmicas verificadas nas mamas ao longo da vida das mulheres. Daí surgir o conceito de AFBM, antigamente denominadas doença fibrocística ou displasia mamária.
A dor mamária é comum na mulher moderna, provavelmente até em decorrência de ação hormonal continuada pelos estrogênios ovarianos, em pessoas que engravidam poucas vezes e quase não amamentam. Além da dor, o quadro clínico da AFBM, pode provocar repercussões na vida de suas portadoras. Mudanças de humor e de hábito de vida, podendo chegar até a reduzir a produtividade e a qualidade de vida dessas pessoas.
A causa da AFBM ainda não é bem conhecida, embora se admita que esteja relacionada com a interação de fatores hormonais, nutricionais, metabólicos e emocionais.
Depois de exames para excluir a possibilidade de câncer de mama e de avaliação médica, o tratamento deve ser orientado de acordo com a classificação do sintoma. É importante que se evitem como rotina, medicamentos. Como medida geral, o uso de porta-seios adequados, ajuda em casos sintomáticos, ao reduzir a mobilidade mamaria e a dor.
Neste contexto, o sutiã deixa de ser apenas uma peça de fetiche ou um simples complemento do vestuário e passa a ser descoberto também como uma solução ergonômica.
Feliz Coincidência
Foi por causa de sua própria dor mamária, que Maria do Socorro Gomes de Araújo, estilista que passou pelas maiores marcas de lingerie do país, foi a um médico em 1973.
Para sua grande surpresa, a indicação do médico para seu problema não era medicamentos e sim o uso de um sutiã, e que fora criado por ela naquela época!
"Quando idealizei este sutiã estava pensando no conforto para quem tinha seios grandes, na sustentação". Explica a estilista.
Hoje, o sutiã projetado há 40 anos atrás por Maria do Socorro está no auge do seu desenvolvimento: conhecido como Belle Santé (do francês: Bela Saúde).
O destaque é o bojo: ele é anatômico, com a base e a lateral reforçadas para reduzir a mobilidade da mama, acomodando-a perfeitamente e permitindo uma livre circulação sanguínea e drenagem linfática da região, graças à adequada sustentação.
O sutiã Belle Santé foi testado e aprovado pelo ETV - Laboratório de Ensaios Tecnológicos em Vestuário - SENAI Vestuário São Paulo.
Crédito:Julianna Santos
Autor:Julianna Santos
Fonte:Julianna Santos Comunicação