Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Silicone não apresenta riscos como antigamente, garante cirurgiã

No Brasil, um número cada vez maior de mulheres recorre à cirurgia plástica para aumentar os seios.

As técnicas cirúrgicas estão mais simples, rápidas e praticamente indolores, e as cicatrizes são quase imperceptíveis.

O tempo de permanência nas clínicas e hospitais é mínimo, em média de apenas um dia. Contudo, todo este avanço não seria possível se as próteses de silicone, usadas nestas cirurgias para dar mais volume aos seios, não tivessem avançado junto com a própria cirurgia estética.

Porém, nem sempre foi assim.

Até alguns anos atrás, havia muitas dúvidas sobre a segurança deste tipo de prótese.

Ninguém tinha certeza sobre até que ponto elas não eram nocivas à saúde das mulheres. Havia também a idéia de que no caso de uma gravidez, a mulher não poderia amamentar. E que qualquer pancada estragaria a prótese e derramaria o silicone. Para esclarecer todas estas questões, nos últimos 20 anos foram realizados diversos tipos de estudos e foi comprovado que as próteses não acarretam nenhum efeito prejudicial ao organismo humano.

Pelo contrário, a mulher que colocou silicone nos seios pode engravidar e amamentar sem problemas para ela ou para o bebê. E fazer qualquer atividade da mesma forma que fazia antes de ter a prótese. Isso porque com todos esses estudos, os fabricantes comprovaram a qualidade de seus produtos. Atualmente, todos acreditam que as próteses são muito resistentes à rupturas e livres de qualquer contaminação por germes.

“A confiança numa prótese mamária é a mesma que numa prótese cardíaca”, afirma a especialista, Dra Deusa Pires Rodrigues, membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Afinal, depois de tanto esforço para se fixar no mercado, os fabricantes procuram garantir o melhor controle de qualidade do produto.

Segurança garantida

A especialista explica que as próteses chegam aos médicos em embalagens completamente fechadas sem risco de contaminação. São abertas somente em ambientes cirúrgicos e manipuladas pelo cirurgião, que está paramentado, ou seja, completamente vestido com roupas e luvas esterilizadas. “Se este cirurgião seguir todas as normas técnicas da Cirurgia Plástica, o risco de contaminação da prótese é nulo”, garante Dra Deusa.

 

As próteses atuais são revestidas de poliuretano, um isolante que evita rupturas. Em um rompimento acidental, o material interno não se espalha, porque ele é feito sob forma de gel, e não mais líquido. Esse gel possui moléculas adesivas que se auto-atraem, mantendo seu conteúdo sempre concentrado, mesmo sob forma gelatinosa. Desta forma, não existe possibilidade das moléculas de silicone se espalharem pelo organismo.

 “É importante que as pacientes não fiquem alarmadas”, recomenda Dra Deusa. "Toda cirurgia incha, e nessas em que são colocadas próteses de silicone, existe um certo incômodo, representado por uma sensação de peso e pequenas fisgadas", afirma a médica.

A infecção relacionada à colocação de próteses mamárias, apresenta-se como um inchaço exagerado, associado à dor intensa, vermelhidão e calor no local, geralmente maior em um dos lados. A especialista aconselha que, no caso de dúvidas, as pacientes retornem ao médico que as operou. Se for comprovada a infecção, a prótese deve ser retirada.

Inicia-se, então, o tratamento, que pode durar algumas semanas e que consiste no uso de antibióticos via oral. "O diagnóstico precoce não traz nenhuma seqüela para a paciente. Terminado o tratamento, em cerca de três meses haverá condições locais para a colocação de outra prótese", tranqüiliza Dra Deusa.

DRA DEUSA PIRES RODRIGUES – Especialista em cirurgia Plástica

Membro  Efetivo  da  Sociedade  Brasileira  de  Cirurgia  Plástica 
Rua  Doutor  Neto  de  Araújo,  320,  conj.  105 - Vila  Mariana
(11)  5084-4193  /  (11)  5084-4193

 

 

 

Crédito:Fatima Nazareth

Autor:Vera Moraes

Fonte:Vera Moraes