1- O que causa "secura" na vagina?
Falta de hormônio feminino e ou infecção local com alteração da flora vaginal. Camisinhas também podem comprometer a lubrificação de quem tem alergia ao látex. Outros fatores são falta de libido e dietas alimentares rigorosas.
Falta de hormônio feminino e ou infecção local com alteração da flora vaginal. Camisinhas também podem comprometer a lubrificação de quem tem alergia ao látex. Outros fatores são falta de libido e dietas alimentares rigorosas.
2- O auto-exame da mama funciona?
Segundo o American Cancer Society, a mulher descobre o tumor em 80% dos casos, mesmo que não esteja fazendo o auto-exame. Acontece quando está indo dormir ou quando o parceiro nota algo "estranho". No mínimo serve para que a mulher conheça seu corpo e possa perceber qualquer alteração.
3- Há como saber se se chegou ao orgasmo?
Durante a relação acontece um aumento progressivo do nível de excitação. No momento do orgasmo, o coração bate mais forte e rápido, a transpiração aumenta, a lubrificação vaginal atinge seu pico e a região vaginal tem contrações musculares involuntárias. Em geral, sente-se torpor -o corpo fica molinho, molinho.
4- É comum o desejo sexual diminuir durante a gestação?
Não há uma regra. A libido ou o desejo sexual pode até aumentar. As alterações hormonais facilitam a relação sexual por causa do aumento de sangue na região dos genitais, melhorando a excitação e o prazer. A vagina também fica mais lubrificada. O que, em geral, pode interferir é uma baixa auto-estima por causa das modificações que acontecem no corpo.
5- Por que, em geral, os seios têm tamanho diferente?
O tamanho e a forma são características genéticas, determinadas pela quantidade de receptores hormonais em cada mama. O lado que tem maior número de receptores se desenvolve mais, em torno de 10% a 15%. É uma diferença considerada normal: cerca de 80% das mulheres têm o seio direito diferente do esquerdo.
Vale a pena adiar a primeira menstruação?
A pergunta costuma atormentar mães preocupadas com a falsa convicção de que as meninas estão menstruando cada vez mais cedo e que essa precocidade pode ser prejudicial ao seu desenvolvimento.
Entre as brasileiras, a primeira menstruação costuma ocorrer aos 11 anos, faixa etária que se manteve inalterada nas últimas décadas. Os médicos, porém, são unânimes: tratamentos para adiar a menarca só são indicados em casos raros, quando há tumores na hipófise ou nos ovários que estimulem a produção precoce de estrogênio.
Do ponto de vista biológico, não há nenhum mal em menstruar perto dos 11 anos, embora haja especialistas para quem seria melhor que isso ocorresse mais tarde.
"Há pesquisas mostrando que, quanto mais tarde a primeira menstruação, menor a chance de desenvolver moléstias como o câncer de mama e de endométrio (membrana interna do útero)", afirma José Bento de Souza, ginecologista do Hospital Albert Einstein.
É comprovado também que quem demora para menstruar ganha um tempo extra para crescer, já que, depois do estímulo hormonal que provoca a menarca,o tecido esponjoso da extremidade dos ossos, responsável pelo crescimento, sofre uma solidificação. Ainda assim, a altura final vai depender sempre da genética.
Mas, se a menarca continua a mesma, os sinais de amadurecimento do aparelho reprodutor -revelados no surgimento dos peitinhos ou dos pêlos pubianos,ainda que ralos- estão realmente aparecendo mais cedo. Não se sabe exatamente por que,mas há quem acredite que fatores ambientais e culturais podem ter alguma influência nessa mudança. Segundo os especialistas, esses indícios podem surgir até quatro ou cinco anos antes da primeira menstruação.
Acredita-se que a alimentação rica em gordura seja um dos fatores responsáveis por acelerar essas mudanças, assim como os hormônios presentes nas carnes bovina e de frango. José Bento de Souza acredita que uma alimentação balanceada, com menor ingestão de gordura e produtos calóricos, somada a atividades físicas constantes podem adiar o estímulo hormonal que provoca a mudança.
Outro possível "culpado" é bem mais polêmico: para alguns médicos, até a estimulação precoce da sensualidade pode ter um papel importante nessa antecipação.
Saiba que...
1- Virgens podem usar absorventes internos, mas é preciso ter cuidado porque o uso inadequado pode romper o hímen. O tamanho depende do fluxo e não da idade
2- Contra cólica, prefira analgésicos à base de ibuprofeno (como Advil e Motrin) e naproxen (como Profenide), que não causam dores de estômago 2
3- Além da mulher, só as espécies de grandes primatas menstruam. São as fêmeas de orangotango, gorila, chimpanzé e bonobo
Veja algumas dicas de como conversar sobre sexualidade
Não tem jeito. Os filhos crescem e cabe aos pais prepará-los para enfrentar as mudanças no corpo e aprender a lidar com a sexualidade. Mas conversar não é fácil. O melhor caminho é ser honesto e ter a preocupação de passar valores e não só regras.
Algumas dicas de como conversar com filha quando chegar a hora:
1- Esteja sempre aberta a perguntas. Dessa forma, será mais fácil saber o que ela sabe ou não
2- Não subestime a quantidade de informações que ela recebe na rua. Em geral, os adolescentes estão mais preparados para falar de sexo do que os pais
3- Falar a verdade não significa falar tudo. Não adianta despejar sobre a criança informações que ela não vai entender
4- Histórias da "sementinha" e da "cegonha" estão fora de cogitação, independentemente da idade
5- Não aborde a garota dizendo: "Está na hora de a gente conversar". O melhor é aproveitar uma novela ou um acontecimento com terceiros para falar sobre o assunto e dar suas explicações
6- Nunca falar da primeira menstruação como uma mudança traumática. Dizer que "de agora em diante você pode ficar grávida" só vai assustá-la
7- Procure incentivá-la a conversar com o ginecologista
Fonte: Rosely Sayão é psicóloga e consultora em educação
Dicas de leitura
"Sexo & Cia"
Jairo Bouer, ed. PubliFolha - R$ 26 O psiquiatra e colaborador da Folha esclarece as principais dúvidas de adolescentes sobre sexo, mudanças no corpo, gravidez e drogas
"Saúde da Mulher - Respostas que Você Precisa Saber"
José Bento de Souza, ed. DBA - R$ 15 O ginecologista elabora perguntas e respostas abordando a saúde feminina em todas as fases da vida
"Não se Incomode"
Karen Gravelle e Jennifer Gravelle, ed. Companhia das Letras - R$ 19 As transformações físicas e emocionais da puberdade, em linguagem simples e descomplicada
"Adolescência - Qual a Dúvida, Meninas?"
Jacquelline de la Rocque, ed. Rubio - R$ 20 Obesidade, TPM, esportes, acne, menstruação e gravidez são tratadas de forma clara e didática
Leia dúvidas frequentes das mulheres com mais de 40 anos
1- Por que a mulher tem menos doença do coração antes dos 45 anos?
São vários fatores, mas o principal responsável é o estrogênio, que reduz a quantidade do colesterol "ruim" (LDL), aumentando o "bom" (HDL). Além disso, a mulher tende a ser menos estressada que o homem e a frequentar mais os médicos.
São vários fatores, mas o principal responsável é o estrogênio, que reduz a quantidade do colesterol "ruim" (LDL), aumentando o "bom" (HDL). Além disso, a mulher tende a ser menos estressada que o homem e a frequentar mais os médicos.
2- É possível engravidar na menopausa?
É difícil, mas pode acontecer, principalmente na fase em que a menstruação ainda ocorre ocasionalmente. Após um ano de menopausa confirmada, o risco de gravidez não existe mais.
3- Que exames são recomendados para quem está entrando na menopausa?
Um exame clínico, com análise dos sintomas, junto com o seu médico. Além disso, dosagem hormonal com a contagem de colesterol e uma glicemia sanguínea. A mamografia deve ser anual depois dos 50 anos e não se pode esquecer o papanicolau. A densitometria óssea já pode ser feita pois nessa fase há perda óssea.
4- Até quando sentirei essas ondas de calor?
Os chamados fogachos podem começar até antes de a menstruação falhar. Com o tempo, diminuem e, geralmente desaparecem após dois ou três anos contados a partir da última menstruação.
5- Quais as formas de reposição hormonal?
Há várias formas e também inúmeros tipos de hormônios diferentes. As transdérmicas, por meio de adesivos e géis -que podem ser aplicados pela própria mulher-, além de implantes subcutâneos. Outras vias de tratamento são orais e com aplicação de injeção. A reposição fitoterápica é a base de derivados da soja.
Dicas de leitura
"Sorria, Você está na Menopausa"
Maria Helena Bastos, ed. Ground - R$ 30 O que fazer para cuidar da saúde, enfatizando a relação entre boa saúde e estilo de vida
"Guia Completo da Menopausa"
Susan M. Lark, ed. Cultrix - R$ 23 Programa prático e natural para aliviar e prevenir os sintomas da menopausa
"Menopausa - Fase de Transição"
Anton Fechtig, ed. Cultrix - R$ 14,40 Como enfrentar as mudanças físicas e por que a reposição hormonal representa uma medida terapêutica eficaz
"Menopausa Natural"
Jane Corona, ed. DP&A - R$ 16 Guia de alimentos, suplementos, ervas e fitohormônios, os chamados hormônios naturais
"As 150 Perguntas Mais Importantes Sobre Menopausa"
Ruth S. Jacobowitz, ed. Best Seller - R$ 17 Perguntas e respostas em uma linguagem objetiva e simples
Crédito:Anna Beth
Autor:Mariliz Pereira Jorge
Fonte:Revista da Folha