Diabetes, hipertensão, problemas circulatórios e imobilidade são alguns dos fatores que favorecem o aparecimento das lesões na terceira idade
O processo de envelhecimento do organismo provoca alterações na estrutura da pele, que, com o passar do tempo fica cada vez mais frágil.
Na terceira idade, com a pele mais vulnerável e a presença de doenças comuns à idade, o risco de surgimento de feridas pelo corpo aumenta. Com a população brasileira envelhecendo, a saúde e a qualidade de vida dos mais velhos ganham maior espaço nas discussões médicas.
Este mês, o Simpósio Satélite Apsen, que faz parte da programação do II Simpósio Carioca de Feridas – promovido pela Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estética (SOBENFeE), apresentará o tema O processo cicatricial do idoso e suas peculiaridades.
O Simpósio Satélite, comandado por Adriano Mehl (CRMPR-12.959 / RQE 6.088), médico responsável pelo Ambulatório de Feridas e Pé Diabético, e pela Comissão de Feridas e Curativos do Hospital Pilar de Curitiba (PR), será realizado no dia 20 de junho, no Rio de Janeiro.
A pele é um órgão vital ao ser humano. Protege o corpo contra os raios ultravioleta do sol, regula a temperatura do corpo e atua como uma barreira impermeável que impede a perda de líquidos e a penetração de substâncias/micro-organismos.
“Com o envelhecimento, essas funções são enfraquecidas e a pele se torna mais frágil e sujeita às agressões. Além disso, fica mais seca e mais delgada com o tempo. Isso tudo faz aumentar o risco do aparecimento de lesões e feridas”, esclarece o Dr. Adriano Mehl.
Ele explica que portadores de diabetes, de hipertensão arterial, fumantes e de problemas circulatórios são alguns exemplos de pessoas que podem desenvolver feridas. “Com o passar dos anos, se não forem cuidadas adequadamente, essas lesões se tornam um problema crônico na vida de muitos idosos”, enfatiza.
Durante o Simpósio Satélite Apsen, o Dr. Adriano Mehl falará sobre a Úlcera por Pressão – lesão causada na pele e nas partes moles (tecidos como músculos, gordura, vasos sanguíneos) decorrente da pressão exercida por uma proeminência óssea do próprio paciente contra a cama, sofá ou maca –, que é um grave problema nos hospitais.
Estima-se que, para cada um milhão de pacientes internados, 75 mil desenvolvam alguma lesão decorrente da pressão. No Brasil, essa lesão deve ocorrer em 10% a 62,5% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva, em 42,6% dos internados em clínicas médicas e em 39,05% dos pacientes de unidades cirúrgicas.
Tratamento
Uma das mais novas terapias para o tratamento de feridas e lesões de pele no país é 100% brasileira.
A pomada com princípio ativo Stryphnodendron adstringens, comercializada com o nome de Fitoscar, é produzida a partir do barbatimão, espécie típica do Cerrado brasileiro.
O medicamento é resultado de pesquisa desenvolvida pela Apsen, em conjunto com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).
É o único medicamento em apresentação de pomada, para uso tópico, que age nas três fases da cicatrização, além de ter ação anti-inflamatória e antimicrobiana.
De acordo com pesquisa clínica, desenvolvida no Centro Clínico Electro Bonini, da UNAERP, o medicamento propiciou a cicatrização de 100% das úlceras de pressão, sendo que 70% cicatrizaram em dois meses. O estudo analisou 27 pacientes, que apresentavam 51 úlceras, classificadas de acordo com a área e o grau de profundidade (I a III) da lesão.
Mais informações www.apsen.com.br
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Mônica Batista
Fonte:Ketchum