Sabe aquela dor de cabeça que não passa nunca?
Pode ser que a solução esteja longe do consultório médico e seja encontrada mesmo no dentista.
Uma disfunção na articulação que liga o maxilar à mandíbula pode ser a causa da dor que tanto incomoda.
E o problema atinge pelo menos três vezes mais as mulheres.
A Disfunção da Articulação Temporomandibular tem nome difícil - mas, uma vez feito o diagnóstico, o tratamento descomplica a vida de pacientes.
O cirurgião dentista, José Ribamar Cerqueira Filho, Membro da American Academy of Osseointegration, indica que 90% dos pacientes que apresentam a disfunção têm dor de cabeça crônica.
“Pouca gente imagina que uma dor de cabeça possa ser tratada pelo dentista”, comenta.
A maioria dos seus pacientes recorreu a diversos especialistas da medicina antes de procurá-la. Cerqueira Filho calcula que o problema atinja cerca de 10% da população, sem distinção de idade.
Segundo o especialista, dores de ouvido, dor e pressão atrás dos olhos, estalidos ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca e até dores nas costas podem ter relação com disfunções na ATM.
“A articulação temporomandibular é uma das mais complexas do corpo humano, pois está ligada também ao crânio”, explica.
É essa articulação que possibilita à mandíbula se movimentar e pode se desgastar com hábitos relacionados à tensão, ao encaixe da mordida e até a postura corporal.
“Mudar os hábitos é fundamental, especialmente aqueles que chamamos de hábitos parafuncionais, como mascar chiclete, apoiar as mãos no queixo, morder lápis e segurar o telefone com o ombro”, completa.
Até mesmo quem tem medo da cadeira do dentista pode procurar um sem medo. Isso porque o diagnóstico é simples - com exame clínico e eventuais raios-X - os novos tratamentos não usam mais técnicas invasivas.
“Sem cirurgia ou intervenções agressivas é possível eliminar a causa da dor e se livrar de vez de remédios que não resolvem o problema e apenas aliviavam os sintomas”, garante o dentista.
Hoje, placas de acrílico, intervenção em hábitos e posturas, fisioterapia com laser e ultra-som são algumas soluções propostas.
“O tempo médio de tratamentos mais complexos é de seis meses e envolve confecção de placa interoclusal, eletroterapia, exercícios fisioterápicos, manipulação mandibular e medicamentos”, relata.
O especialista assegura ainda que praticamente todos os pacientes respondem positivamente ao tratamento e que, em muitos casos, a dor pode desaparecer em menos de duas semanas.
Você tem DTM?
Estima-se que, a cada ano, cerca de sete milhões de casos de DTM disfunções temporomandibulares surjam no Brasil.
O diagnóstico é demorado, pois os sintomas são bem subjetivos.
"Quanto mais a pessoa demora a ter o diagnóstico correto, mais ela sofre e a situação só se agrava com a repetição dos movimentos errados, como roer unhas e ranger os dentes", explica o cirurgião-dentista José Ribamar Cerqueira Filho.
Portanto, atenção aos principais sinais da DTM:
- Dor facial, no pescoço, ombro e/ou costas
- Dor nas articulações ou face, ao abrir ou fechar a boca
-Dores de cabeça que são confundidas com enxaquecas
-Sensação de inchaço ao lado da boca e/ou da face
-Abertura limitada ou inabilidade para abrir a boca
-Desvio da mandíbula para um lado
-Estalidos ou outros sons articulares, dor de ouvido
- Zumbido nos ouvidos ou sensação de ouvido cheio
José Ribamar Cerqueira Filho
Cirurgião Dentista – Especialista em Implantodontia
Membro da American Academy of Osseointegration
Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 978, Subloja 102 – Copacabana, Rio de Janeiro
Tel.: (21) 3208-3635/3208-3943
Crédito:Bruna Menezes
Autor:Fernando Rosenthal
Fonte:Universo da Mulher