Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

A importância do gestor para a geração Y

Por Juliana Macedo - gerente de Recursos Humanos e Comunicação Interna da Total Lubrificantes do Brasil

Nos últimos anos, o capital humano tem sido cada vez mais valorizado pelas organizações mundo afora. Este novo comportamento, no entanto, vem provocando mudanças bastante significativas nos relacionamos no ambiente corporativo. O reflexo desta transformação é visto nos esforços das empresas em lidar com seus jovens talentos.
 

Embora o embate entre as diversas gerações seja constante e saudável, atualmente, muitos dos colaboradores pertencem à Geração Y.

Nascidos a partir de 1980, esses indivíduos apresentam características que exigem atenção diferenciada de seus gestores.
 

Nem sempre sintonizados com a cultura das empresas desde o princípio, ávidos por uma ascensão acelerada na carreira e preparados para dizer o que pensam, esses profissionais chegam hoje ao mercado de trabalho com expectativas a curto prazo – algo que exige novas práticas dos RHs das empresas.
 

Antes de tudo, acredito que seja importante identificar o perfil desses jovens.

Sempre conectados, eles são especialistas em lidar com a tecnologia e usar as mídias sociais para estreitar a vida profissional com a pessoal.

Estão ainda em busca de atualização profissional constante e gostam de participar, opinar nas decisões – algo que pode ser benéfico em determinado ponto, já que se trata de um colaborador participativo.

Por outro lado, pode também resultar em desconfortos naqueles momentos em que as resoluções hierárquicas são predominantes.

Por isso, penso que um dos caminhos do gestor da geração Y é desenvolver habilidade para estimular a criatividade desses colaboradores, além de conceder maior liberdade de trabalho, estipulando, no entanto, metas claras e objetivas – e de preferência, combinadas com o próprio funcionário.

Isso porque esses jovens gostam de ser estimulados e desafiados.

Ao lidar com esta nova geração é preciso desenvolver uma comunicação interna eficiente e estritamente transparente.

No dia a dia da companhia é necessário compartilhar ações, oferecer status das demandas, elaborar sugestões e pontuar ideias em equipe, sempre com a participação coletiva.

É preciso que os líderes entendam que todos têm uma lição para nos passar e, por isso, devem estar sempre aptos a ouvir. 

A maior valorização profissional proporciona às pessoas um sentimento de exclusividade e satisfação com a empresa que trabalha.

Essa é uma busca constante da Geração Y.

Isso faz com que eles vistam a camisa da companhia e façam tudo por ela.

Talvez essa seja uma das principais mudanças culturais que estes jovens costumam trazer para a gestão moderna das organizações.

Neste sentido, o mercado de trabalho está se modificando para reter seus talentos.

Os planos de carreias das empresas, com foco nos anseios desses profissionais e, também, na flexibilização dos horários de trabalho, são provas disso.
 
Juliana Macedo é gerente de Recursos Humanos e Comunicação Interna da Total Lubrificantes do Brasil – quarta maior companhia de petróleo e gás do mundo. Com 15 anos de experiência em Recursos Humanos, Processos Operacionais e Planejamento Estratégico, a executiva é formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Recursos Humanos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).
 
Sobre a Total

A Total é uma das maiores companhias globais de energia e está posicionada entre as principais empresas privadas de óleo e gás do mundo, sendo a segunda maior operadora em energia solar.

Presente em mais de 130 países, a Total possui 100 mil colaboradores e atua de forma integrada desde a descoberta de novos recursos até a comercialização de produtos e serviços para os consumidores.
 

Crédito:Gabriela Conde

Autor:Juliana Macedo

Fonte:DezoitoCom