Embora a menstruação seja comum na vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre têm uma explicação médica.
Às vezes, por timidez, a paciente não pergunta para um profissional e a interrogação persiste por muito tempo.
Para esclarecer, separei alguns mitos clássicos sobre o assunto que ainda sobrevivem entre as mulheres.
Confira:
- É impossível engravidar durante a menstruação
Na teoria, realmente não é possível, já que menstruação é a "descamação" do endométrio, camada que é preparada para receber a gestação. No entanto, o corpo não é uma máquina que trabalha com exatidão, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco.
2. Mulheres com muita convivência menstruam simultaneamente
Não é verdade. Cada pessoa tem o seu corpo com manifestações totalmente individuais; portanto, o período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres.
3. As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação
Mito. O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação, que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo menstrual. Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar.
4. É errado fazer exercícios físicos durante a menstruação
Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida em qualquer momento.
No período menstrual, eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios de prazer, como endorfinas.
5. Mulheres virgens não podem usar absorventes internos
Mais um mito. O hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade e o absorvente interno até 1,9 cm.
6. Ter relações sexuais menstruada aumenta risco de contrair DSTs
Não é verdade. A realidade é que, com ou sem menstruação, fazer sexo desprotegida aumenta o risco de contrair qualquer doença sexualmente transmissível.
Dr. Gilberto Nagahama é ginecologista do hospital San Paolo, centro hospitalar localizado na Zona Norte de São Paulo.
Crédito:Flavia Marques
Autor:Gilberto Nagahama
Fonte:Universo da Mulher