Como detectar os sintomas da dislexia?
Profissionais explicam aos pais como identificar o distúrbio
Sabe o que Agatha Christie, Charles Darwin, Leonardo da Vinci, Pablo Picasso, Thomas Edison e Van Gogh têm em comum? Além de serem famosos e muito competentes, todos são disléxicos. Ao contrário do que muitos pensam, ter dislexia não significa apresentar dificuldades com todas as ciências e situações de nosso cotidiano.
Segundo a ABD (Associação Brasileira de Dislexia) aproximadamente 20% da população mundial sofre deste mal. Os sintomas dependem muito da idade e os primeiros sinais geralmente aparecem nas salas de aula – A disfunção geralmente caracteriza-se pela dificuldade na decodificação das palavras, como trocar letras ou até mesmo escrevê-las na ordem inversa, e também dificuldades na leitura e fala. No entanto, esses sintomas não são determinantes para identificá-la, sendo necessário um diagnóstico e acompanhamento médico e psicológico.
A dislexia é uma disfunção do cérebro incurável, em grande parte de origem genética e hereditária, e que exige um “diagnóstico por exclusão”, ou seja, precisam ser descartados problemas específicos de visão, audição, deficiências, alterações clínicas, etc.
Segundo a Psicóloga e Analista de Treinamento do departamento de Desenvolvimento Humano da rede de ensino Kumon, Any Bicego Queiroz, a falta de informação e diagnóstico pode gerar dificuldades maiores, como baixa autoestima, por exemplo, porque as crianças correm o risco de serem taxadas como preguiçosas, lentas ou incapazes para o aprendizado. Por isso, o quanto antes o diagnóstico for efetuado, maiores as possibilidades de o aluno evoluir e acompanhar os demais colegas de classe.
É o caso do estudante Frederico Felix Marques, 17 anos, que além de apresentar dislexia também sofre com discalculia – dificuldade em entender e resolver os problemas, neste caso com números. Em busca de ajuda, seus pais resolveram matriculá-lo no Kumon, pois acreditavam que o método, por ser individualizado, seria muito útil para o desenvolvimento do filho nos estudos.
Frederico sempre teve muita dificuldade na escola por apresentar os dois quadros clínicos, porém com muita dedicação de sua parte e da orientadora da unidade de Fernão Dias, em Belo Horizonte, Mirian Oliveira de Morais, sua evolução é notória e hoje compreende os exercícios que lhe são propostos.
“O importante para desenvolver alunos que apresentam este tipo de problema é trabalhar fortemente seu lado emocional, pois por ter consciência da dificuldade no aprendizado podem desistir facilmente. . O papel da família também é essencial – os pais devem deixar de lado a ansiedade em querer que o filho se torne logo o primeiro da classe. É necessário elogiar cada evolução”, afirma Mirian.
De acordo com Adriana Thomaz, especializada em educação Matemática pela UNIBH e palestrante do 8º Simpósio Internacional de Dislexia, algumas dificuldades de leitura não são relacionadas à dislexia e o diagnóstico deve ser feito sempre por uma equipe multidisciplinar especializada. “Os pais devem ficar atentos aos primeiros sintomas e procurar ajuda imediatamente, pois a falta de informação e tratamento pode agravar ainda mais a situação”, afirma.
É muito importante frisar que os disléxicos têm inteligência normal e até podem apresentar resultados acima da média pelo esforço e pela capacidade de adaptação. Assim, quanto mais cedo detectar o problema, menos traumas e sofrimentos ocorrem na escola.
Portanto, não há motivos para sofrimentos. Seu pequeno tem uma forma particular de aprendizagem e seu potencial pode ser desenvolvido a partir deste ponto.
Quer saber mais? Acesse o site www.kumon.com.br
Crédito:Cristine Cordeiro
Autor:Natália Prieto
Fonte:Universo da Mulher