* Dra. Fernanda Tibúrcio - oncologista pediátrica da Oncomed
O câncer da criança e do adolescente deve ser considerado uma nova doença. Anos atrás, era uma enfermidade potencialmente fatal, mas já é possível conseguir taxas de cura de até 70% dos casos.
O dado é amplamente disseminado na literatura especializada, mas muitas vezes desconhecido por pacientes e familiares.
Em geral, as crianças respondem melhor aos métodos terapêuticos atuais que os adultos.
Assim, lutar para mudar as feições e o conceito desta moléstia na infância tornou-se primordial para médicos e pacientes, uma vez que a maior chance é a retomada da saúde. Manter a criança que tem câncer inserida na sociedade, com qualidade de vida, participação e direito à felicidade é uma atitude fundamental de respeito à vida e de contribuição para a evolução do tratamento.
O medo da doença e a desinformação de alguns médicos acabam por atrasar e dificultar a recuperação. Some-se a isso a falsa idéia de que o câncer não tem cura, infelizmente ainda muito comum no meio médico, e que acaba por atrasar a identificação de sintomas que levam ao diagnóstico precoce.
É essencial que as crianças sejam acompanhadas freqüentemente por um pediatra, pois a prevenção é a maior aliada da saúde e a identificação de sintomas certamente levará ao encaminhamento ao especialista adequado (oncologista pediátrico) e consequentemente ao esclarecimento do diagnóstico.
A oncologia pediátrica ou oncopediatria é a área da medicina que trata o câncer infantil e cresceu muito nas últimas décadas.
Uma nova interpretação da doença, o diagnóstico precoce e sua desmistificação junto à sociedade são essenciais para termos sucesso na luta contra o câncer infantil.
Crédito:Cris Padilha
Autor:Juliana Morato
Fonte:Universo da Mulher