Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Infertilidade é mais comum do que se pensa

Infertilidade é mais comum do que se pensa

A infertilidade é um tema cada vez mais comum nas rodas de amigas.

Quem não conhece algum casal que enfrentou dificuldades para ter o tão desejado bebê?

Não é à-toa que o assunto já foi tema de novela e está sempre nos noticiários. Um em cada oito casais costuma apresentar algum grau de dificuldade para engravidar. 

“A infertilidade geralmente é diagnosticada depois de um casal tentar engravidar durante um ano inteiro sem sucesso.

Antes disso, vários outros motivos podem estar retardando a gravidez, incluindo o alto nível de stress”, diz a doutora Silvana Chedid, diretora da Chedid Grieco Medicina Reprodutiva. “No caso de mulheres com mais de 35 anos, recomendamos uma visita ao médico depois de seis meses de tentativas contínuas”.

Segundo a médica, a infertilidade não é um problema exclusivo da mulher.

Ao contrário, homens e mulheres têm participações iguais, em torno dos 40%. Os outros 20% estão relacionados ou à combinação do casal, ou a causas inexplicáveis.

“O fator que mais contribui para a dificuldade de engravidar é a idade. A fertilidade feminina está no ápice aos 20 anos e começa a diminuir drasticamente depois dos 35.

Aliás, também a fertilidade masculina começa a decair a partir de 35 anos. Isso faz com que o problema se torne cada vez mais presente na vida dos casais. Afinal, hoje em dia as pessoas se casam mais tarde ou, ainda que se envolvam ainda bem jovens, adiam o ‘projeto bebê’ para depois de conquistarem estabilidade financeira”, diz a médica.

Para Silvana Chedid, ainda que o casal adie a formação da família para alguns anos depois, algumas preocupações com relação ao estilo de vida já deveriam estar bem presentes.

“Estar bem informado sobre algumas possíveis causas que podem frustrar ou adiar a gravidez quando chegar a hora já ajuda bastante. Portanto, vale a pena adotar um estilo de vida mais saudável, abandonar vícios como o fumo, reduzir o consumo de álcool, adotar uma alimentação balanceada, fazer exercícios regularmente e controlar o peso e o nível de stress. Pessoas saudáveis física e emocionalmente têm mais chances de engravidar”.

 


Fonte: Dra. Silvana Chedid é diretora da Clínica Chedid Grieco de Medicina Reprodutiva (www.chedidgrieco.com.br) e chefe do setor de Reprodução Humana do Hospital Beneficência Portuguesa

 

Crédito:Cris Padilha

Autor:Heloísa Paiva

Fonte:Universo da Mulher