Com o início da vida sexual mais cedo e a falta de informação dos jovens, a gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na sociedade.
A gravidez na adolescência envolve não só problemas físicos, mas também emocionais e sociais. Geralmente, um casal de adolescente não está preparado para cuidar de um bebê, muito menos constituir uma família.
Por serem muito jovens, quando deparados com uma gravidez não esperada, o que normalmente ocorre é rapazes e moças não assumirem um compromisso sério e, na maioria dos casos, quando isso ocorre, um dos dois abandona a relação sem se importar com as conseqüências. Por isso, o número de mães jovens e solteiras vem crescendo consideravelmente.
O prazer momentâneo que os jovens sentem durante a relação sexual pode transforma-se em uma situação desconfortável, quando vem a notícia da gravidez.
"É importante que quando diagnosticada a gravidez, a adolescente comece o pré-natal, receba o apoio da família, em especial dos pais, tenha auxílio de um profissional da área de psicologia, para trabalhar o emocional dessa adolescente. Dessa forma, ela terá uma gravidez tranqüila, terá perspectivas mais positivas em relação a ser mãe e ao futuro, pois muitas entram em depressão por achar que a gravidez significa o fim de suas vidas e de suas liberdades" explica a Dra. Nara Mattia, ginecologista e mastologista.
Estar consciente das mudanças ocorridas no corpo durante a gravidez, é um dos caminhos mais seguros para esta fase. A gestante precisa estar preparada para viver este período com tranqüilidade e conhecer os sintomas, alterações e as situações em que, consultar o seu médico, é o melhor caminho a seguir.
Sintomas comuns durante a gravidez:
- Azia e prisão de ventre
A alteração hormonal que ocorre durante a gravidez interfere na produção de enzimas digestivas e no peristaltismo intestinal e, em conseqüência, a digestão fica mais lenta e a azia e a prisão de ventre se tornam inevitáveis.
- Inchaço
Um ligeiro inchaço é normal e previsível. No entanto, se a retenção de água estiver sendo excessiva, deve-se comunicar ao médico para evitar problemas mais sérios, como, por exemplo, sua associação com a hipertensão. É uma situação que exige cuidados. A medicação e/ou orientação médica adequada tem o objetivo de normalizar a situação.
- Câimbras e Cólicas
No caso das câimbras, uma avaliação médica é fundamental para avalizar ou corrigir este problema, que geralmente ocorre em conseqüência do edema gestacional e/ou déficit alimentar em cálcio, potássio etc.
Já em casos de cólica, o médico lembra que não é um sinal de aborto, mas é o tipo de sintoma que a mulher grávida no 1º. trimestre deve procurar o seu médico. Em alguns casos, as cólicas e dores abdominais são sintomas que poderão ser observados durante toda a gestação e sem nenhuma repercussão à gravidez.
- Sangramento
Ocorrendo no início da gravidez pode se tratar de ameaça de abortamento ou sangramento de implantação do embrião. Nesse caso, é bom avisar o médico e checar a necessidade de uma verificação rápida. Fique atenta. O sangramento requer cuidado imediato.
- Enjôo e Vertigens
Comum nos três primeiros meses de gravidez, o enjôo é uma das primeiras manifestações de que o organismo está passando por transformações. Pode ser causado pelas alterações hormonais, pelo aumento dos ácidos estomacais e até por fatores psicológicos. O enjôo só deve ser causa de preocupação, quando seguido de vômitos incoercíveis.
- Corrimento
É uma reação comum do organismo feminino as alterações que o meio vaginal sofre durante a gravidez. Não é sinal de nenhuma irregularidade, mas deve ser tratado com atenção.
O melhor caminho para uma gravidez, independente de ser desejável num determinado momento ou não, ainda é o diálogo. É extremamente importante que pais, professores e educadores conversem com os jovens sobre sexualidade, para que haja prevenção da gravidez precoce.
Crédito:Cris
Autor:Grazia Nicosia
Fonte:Universo da Mulher