"O recorde mundial de gravidez tardia pertence a uma mulher na Espanha, que deu à luz com 67 anos e não teve seu nome divulgado.
A romena Adriana Iliescu deu à luz aos 66 anos e está no "Guinness Book" como a mulher mais velha a engravidar"
O assunto voltou à mídia novamente esta semana quando uma mulher aos 64 anos deu à luz na Alemanha. Isto ocorreu graças à intervenção médica e a doação de óvulo de outra mulher como acontece com dois terços das pacientes acima dos 40 anos que não conseguem engravidar sem intervenção de tratamentos de reprodução humana. Na maioria destes casos o problema está nos ovários que não produzem mais óvulos ou se produzem são de má qualidade. Quando isto ocorre, a gravidez só acontecerá com a técnica de fertilização "in vitro" (FIV) e com óvulos de doadoras.
Clinicamente está comprovado que os homens acima de 60 anos podem e tem filhos com mulheres mais jovens. Entretanto a gravidez em idade avançada preocupa os médicos, pois aumentam as complicações para a mãe e o bebê. Para o médico especialista em reprodução humana, Arnaldo Schizzi Cambiaghi a mulher pode engravidar até os 55 anos. Na Alemanha o questionamento é se os pais poderão cumprir com seu dever de cuidar da criança até que ela amadureça. Em declaração à BBC, Ulrich Hilland, presidente da Associação Alemã de Medicina Reprodutiva, classificou a gravidez como um "abuso do progresso da medicina".
Doação de Óvulos
Neste processo, uma alternativa são mulheres com menos de 35 anos que podem ceder, de forma anônima, parte dos óvulos coletados em seu tratamento para as que necessitam. A idade da mulher que doa é importante, pois é importante uma quantidade suficiente para compartilhar, sem prejuízo em seu procedimento. Para Cambiaghi, este programa, conhecido como ovodoação, beneficia dois casais simultaneamente: aquele cuja mulher não tem óvulos viáveis para engravidar e o outro que poderá doar e com isso reduzir os custos do procedimento. Já que este é um processo em que duas FIV são realizadas consecutivamente. O tratamento envolve questões éticas, portanto é essencial o acompanhamento médico e psicológico.
"As doadoras geralmente precisam ter menos de 35 anos, saudáveis, sem antecedentes familiares, genéticos ou pessoais de doenças, e com características físicas (altura, peso, cor do cabelo, olhos, tipagem sanguínea) semelhantes às da pessoa que vai receber o embrião", esclarece o médico. Este ato generoso pode ser premiado com a redução vantajosa do custo do tratamento.
Onde fazer:
Interessadas no Programa de Ovodoação podem entrar em contato com Mariana, no Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (IPGO), pelo telefone (11) 3885-4333.
Informações sobre o médico: Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi é diretor do Centro de Reprodução Humana do Instituto Paulista de Ginecologia, Obstetrícia e Medicina da Reprodução (IPGO). Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, pós-graduado pela AAGL, Ilinos, EUA
Apresenta seus trabalhos em Congressos no exterior, o que lhe confere um reconhecimento internacional. Como especialista
Entretanto, preocupa-se com a saúde da mulher em todos os aspectos: físico, emocional e afetivo. Pensando no universo feminino escreveu diversos livros na área médica, entre eles: Fertilidade Natural (Ed.LaVida Press), Grávida Feliz, Obstetra Feliz (Ed. LaVida Press), Fertilização um Ato de Amor (Ed. LaVida Press), Ser ou Não Ser Fértil - Eis as Questões e Respostas (Ed.LaVida Press), Bem-Estar da Mulher - a essência da vida - Guia da saúde feminina para todas as idades (Ed. LaVida Press), Gravidez: Caminhos Tropeços e... Conquistas - Depoimentos de casais que contam como venceram as dificuldades de engravidar (Ed. LaVida Press) e Manual da Gestante (Ed. Madras). E os sites: www.ipgo.com.br; www.trigemeos.com.br; www.bemestardamulher.com.br; www.fertilidadenatural.com.br; onde esclarece dúvidas e passa informações obre a saúde feminina, especialmente sobre infertilidade.
Crédito:Cristiane Padilha
Autor:Patrícia Prado
Fonte:Prado Comunicação