Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Como a terapia pode ajudar seu filho após o divórcio...

O período que segue o divórcio é difícil para toda a família, mas especialmente para os filhos é um momento de ajustes em que a criança precisa aprender a conviver com uma nova realidade. A ausência freqüente de um dos pais, fins de semana alterados, às vezes mudança de casa, etc. enfim, uma mudança de rotina em suas vidas.
 
 
Cabe aos pais a tarefa de observar se ocorrem alterações de comportamento, quanto tempo duram e qual a intensidade. É normal que crianças com menos de 6 anos apresentem medo de abandono, problemas para dormir, regressão a comportamentos mais infantis e explosões de agressividade. As de 7 e 8 anos tendem a sentir-se tristes e solitárias. Entre 9 e 10 anos, costumam ficar hostis em relação aos pais e queixar-se de dor de barriga e de cabeça. Os adolescentes expressam tristeza, raiva e vergonha pelo divórcio e em qualquer idade é comum surgirem problemas na escola.
 
 
Não é fácil reconhecer que o filho precisa de ajuda, até porque muitas vezes surge culpa por "ter causado" os problemas ou ainda a falsa ilusão de que é só um período e que já vai passar. Esses podem ser apenas desequilíbrios temporários ou podem ter conseqüências maiores, mas são sempre um sinal de que algo não vai bem com a criança e ela não está conseguindo lidar sozinha com a situação. Por isso é importante muita atenção e compreensão e se as mudanças de comportamento forem extremas deve-se solicitar a orientação de um  psicólogo infantil, que é o profissional indicado para avaliar a real situação e orientar para uma terapia ou não. No caso de ser indicada a continuidade do processo terapêutico, esse será um espaço para que a criança expresse mais livremente suas angústias e possa reequilibrar-se e adaptar-se às mudanças.
 
 
Ao contrário do que muitas vezes se pensa, a terapia da criança envolve também os pais, que precisam estar dispostos a trabalhar junto com o terapeuta. O ideal é que os pais apesar de separados estejam em acordo, pelo bem da criança, mas se não for possível, nada impede que um dos pais procure sozinho pela orientação e siga com o trabalho. Outra questão importante é que devem também conscientizar-se de que terapia não substitui a atenção e o amor dos pais; é um recurso para atravessar o momento, não a solução mágica de todos os problemas.
 
 
O trabalho do terapeuta é realizado, em geral, utilizando a linguagem infantil, através de jogos e brincadeiras que são sérias e vitais para o desenvolvimento da criança. Existem porém diversas "linhas de atuação", e portanto diversas maneiras de praticar a psicoterapia, que será sempre explicada no início dos trabalhos, em uma conversa franca em que os pais podem e devem esclarecer todas as suas dúvidas.
 
 
Lembre-se, a terapia infantil pode ser o ponto de diferença na vida de um adulto bem ajustado.
 
 
 
 
Tire suas dúvidas... Escreva-me!.
 
 
 
 
 
 
Cintya Lopes
Psicóloga Infantil
CRP: 06/61869-2
e-mail:
cintya_lopes@hotmail.com

Crédito:Cintya Lopes

Autor:Cintya Lopes

Fonte:Universo da Mulher