Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Auto-estima infantil e Emoções

A opinião que a criança tem de si mesma está intimamente relacionada com sua capacidade para o aprendizado e com seu rendimento. A criança desenvolve muito cedo  o autoconceito baseado na relação com os outros.

Os afetos são muito parecidos com o espelho. Quando demonstramos afetividade por alguém, essa pessoa torna-se meu espelho e eu me torno o dela; e refletindo um no sentimento do outro, desenvolvemos o forte vínculo do amor, sentimento esse que é a essência humana.  Os pais atuam como espelhos, que devolvem determinadas imagens ao filho. É através dessa  interação afetiva que desenvolvemos todos os nossos sentimentos (positiva ou negativamente); é assim que a criança começa a construir sua  auto-imagem.

Quando os pais estão sempre opinando a partir de uma perspectiva negativa para os filhos, se estão sempre taxando-os de inúteis e incapazes, ou ainda, usando de zombarias e ironias, irão formar na criança uma imagem "pequena" de seu valor. E se com os amigos, na rua e na escola, as mesmas relações se repetirem , teremos um adulto com possível problema de baixa “auto-estima” e dificuldades para se  auto-avaliar.

Como desenvolver a auto -estima na criança?

Quando a criança começa a perceber que tem êxito no que faz – e se sente encorajada pelos pais - começa a confiar em suas capacidades e nos seus recursos internos. Quanto mais ela acreditar que PODE FAZER, mais irá conseguir e “ousar”, aprendendo a enfrentar e a superar os seus medos. É importante ensinar à criança que ela pode fazer algumas atividades muito bem, mas que pode ter problemas com outras, ou mesmo, que nem sempre tudo dará certo, nem sempre conseguirá tudo o que quer. Um bom exemplo está na postura dos próprios pais: se eles também admitirem os seus próprios erros ou fracassos, ela aprenderá que os pais não são perfeitos.  Um exemplo? Que tal um "Desculpa” ou “Não devia ter gritado”.

Para auxiliar a criança a criar bons sentimentos é importante elogiá-la e incentivá-la quando ela procurar fazer alguma coisa, fazendo-a perceber que tem direito de sentir que é "IMPORTANTE", que "pode aprender", que "consegue" e que sua família a apoia, a ama e a respeita. Um aspecto muito importante está em adequar as tarefas que cabem a cada idade, permitindo à criança a chance de tentar:  colocar o suco no copo (ainda que derrame), a roupa (mesmo do avesso), a jogar objetos no lixo, guardar os brinquedos, as peças do jogo, ajudar na arrumação dos seus livros, fitas de vídeo... Solicite a  ajuda da criança, compartilhando com ela pequenos afazeres, elogiando sempre que ela acertar e ensinando tantas vezes quanto for necessário, com paciência e tolerância.

Então, lembre-se de  estabelecer metas realistas e adequadas à idade de seu filho. Permita que ele se desenvolva sem superprotegê-lo ou mesmo pressioná-lo e, muito menos, compará-lo a outras crianças, o erro mais freqüente contra os filhos.

Enfim, desta forma, a criança terá a oportunidade de formar um conceito positivo de si mesma. Para isto, incentive-a quando ela sentir que não tem condições de realizar algo ou mesmo estiver com medo de fracassar.  Talvez ela só precise ouvir de você: "Claro que você pode. Vamos, vou te ajudar."

Com uma auto–estima rebaixada a criança enfrentará, de forma despreparada, seus aspectos mais desfavoráveis e as eventuais manifestações externas. Ao contrário, a criança com auto-estima adequada terá mais  facilidade em fazer amigos, ter senso de humor, participar de atividades em grupos e ter uma maior socialização, como também saberá lidar  melhor com os seus  erros, ao mesmo tempo que tenderá a ser mais feliz, confiante, alegre e afetiva.

Os pais devem demonstrar coerência entre aquilo que sentem e fazem com o que ensinam à criança. Este é o segredo para um bom começo de vida - exemplos...

 

 

 

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Katia Cristina Horpaczky

Psicóloga clinica

CRP- 06/41.454-3

 

Crédito:Katia Cristina Horpaczky

Autor:Katia Cristina Horpaczky

Fonte:Universo da Mulher