Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Caminho nada fácil

Entenda a dificuldade da maternidade solo

A maternidade solo não é uma tarefa fácil, pois ter um filho sem a parceria no dia a dia torna a missão de criá-lo e educá-lo muito mais difícil.

Há estudos que indicam um aumento no número de mães solteiras no Brasil. De acordo com o IBGE, mais de 11 milhões de mulheres são mães solteiras, sendo que 61% delas são negras.

Um levantamento realizado por cartórios de registro civil mostra que, nos primeiros quatro meses de 2022, 56.931 crianças receberam apenas o nome da mãe na certidão de nascimento.

Esse número é maior do que o registrado nos cinco anos anteriores e representa 6,6% do total de recém-nascidos no país. Além do impacto emocional, a responsabilidade de criar um filho sozinha também tem consequências econômicas.

Sua empresa de insumos farmacêuticos deve saber que segundo o IBGE, 63% das casas lideradas por mulheres estão abaixo da linha da pobreza.

Essa situação é resultado de diversos fatores, como o maior índice de desemprego entre as mulheres (13,9% em comparação com 9% dos homens) e a desigualdade salarial (em média, as mulheres recebem 20,5% menos do que os homens).

Temos também as possíveis limitações que a maternidade solo pode gerar no desenvolvimento profissional dessas mulheres.

As mães solteiras são as primeiras a sentir os impactos da crise e as últimas a se recuperar. Elas enfrentam muitas resistências para superar as dificuldades e sair da situação.

Infelizmente, muitas vezes são obrigadas a se dedicar integralmente à função de cuidadoras, o que dificulta ainda mais sua inserção no mercado de trabalho e o desenvolvimento de suas carreiras.

O que é uma mãe solo?

Sua empresa de ergoespirometria deve saber que o termo "mãe solo" se refere à mulher que assume sozinha todas as responsabilidades em relação ao seu filho, tanto financeiras quanto afetivas.

É importante ressaltar que a parentalidade não está relacionada ao estado civil da mãe. O número de mães que cuidam sozinhas de seus filhos e lares tem aumentado nos últimos anos.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgou em março de 2017 a pesquisa “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça”, tendo como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), de 2015.

Esse estudo mostrou que 83,5% das crianças com idade até 4 anos têm como primeiro responsável uma mulher, podendo ser a mãe biológica, adotiva ou madrasta.

Complementarmente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou baseados no Censo Escolar de 2011, apontando que existem 5,5 milhões de crianças brasileiras sem registro paterno na certidão de nascimento.

Mãe solo x mãe solteira

Sua empresa de afastador cirúrgico deve saber que o termo "mãe solo" representa a realidade das mulheres que cuidam sozinhas de seus filhos, pois a maternidade não está ligada a um estado civil ou a um modelo específico de família.

É possível, por exemplo, ter um parceiro ou parceira, filhos desse relacionamento, sem estar casado "no papel". Mesmo assim, essa mulher será uma mãe.

Também devemos levar em consideração que uma mulher casada também pode ser considerada uma mãe solo se não tiver apoio do cônjuge na criação do filho.

Existem também aquelas que se veem sozinhas cuidando dos filhos e do sustento deles após o abandono do pai ou quando ele se limita a ser um "pai de fim de semana ou de férias", deixando toda a carga emocional e de trabalho para a mãe. 

Algumas mulheres também deixam de contar com a parceria do pai da criança a partir do momento em que anunciam que estão grávidas.

Em agosto de 2022, a atriz Samara Felippo fez um desabafo sobre a maternidade solo em sua conta no Instagram, gerando repercussão em diversos veículos de imprensa, como sua empresa de lâmpada para microscópio deve ter acompanhado.

Samara é separada de Leandrinho, ex-jogador de basquete e pai de suas duas filhas, que atualmente mora nos Estados Unidos, enquanto Samara vive no Brasil com as meninas.

É possível perceber, por meio de exemplos como o da atriz Samara Felippo, que não se pode associar a maternidade a um relacionamento afetivo ou a um modelo único de família.

Mesmo uma mulher que é casada e vive com um companheiro pode ter quase 90% da responsabilidade emocional, física e da rotina diária dos filhos, tornando-se uma mãe solo.

Por isso, o termo "mãe solteira", que era muito utilizado no passado, caiu em desuso. Para muitas mulheres, o termo "mãe solo" representa uma afirmação em vários sentidos.

Por um lado, mostra a solidão que muitas vezes acompanha a maternidade, já que a sociedade espera que as mães desempenhem todas as funções relacionadas ao cuidado dos filhos.

Essa grande pressão pode gerar quadros clínicos como depressão e ansiedade, de forma que pode ser necessário uma ambulância particular.

Por outro lado, o termo também pode ser uma forma de empoderamento, permitindo que as mulheres assumam o papel de mãe com mais autonomia e sem se resignar a fazer tudo sozinhas.

O cenário no Brasil

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mães solo no Brasil aumentou de 10,5 milhões para 11,6 milhões entre 2005 e 2015.

Das famílias lideradas por mulheres, 56,9% vivem abaixo da linha da pobreza. Além disso, 5,5 milhões de crianças brasileiras não têm o registro do pai na certidão de nascimento.

Esses números são alarmantes, considerando que cada mãe solo precisa malabarizar para cuidar dos filhos e da casa, muitas vezes trabalhando em tripla jornada para compensar a falta de recursos financeiros.

Infelizmente, muitas delas não têm uma rede de apoio confiável e o acesso a serviços diferenciados de saúde como uma clínica de acupuntura.

Um dos maiores desafios de ser mãe solo é o julgamento da sociedade, que ainda considera "normal" a mulher se casar e ter filhos.

Muitas pessoas ainda apontam o dedo e fazem comentários como "mas você não se cuidou?" ou "como pôde deixar isso acontecer?", jogando a culpa na mãe, como se só ela houvesse sido irresponsável.

Esse tipo de julgamento é resultado do machismo que ainda permeia a sociedade, tornando a batalha das mães solo ainda mais difícil.

Em decorrência da pandemia de COVID-19 em 2020, as mulheres da América Latina sofreram um grande impacto financeiro e profissional.

Oitavo país mais desigual do mundo, no Brasil os impactos foram ainda mais profundos: quase 8,5 milhões de mulheres saíram do mercado de trabalho no terceiro trimestre, reduzindo sua participação para 45,8%.

Dentro do universo feminino, as mães solo, que somam mais de 11,5 milhões no Brasil, enfrentaram ainda mais riscos e dificuldades financeiras durante a pandemia.

Esse período se somou a um acúmulo maior de tarefas devido ao fechamento de escolas e creches, gerando uma sobrecarga mental.

Muitas vezes essas mulheres têm grande dificuldade para cuidar até mesmo da própria saúde e procurar uma clínica de olhos quando necessário.

Considerações finais

A maternidade solo é uma condição que impõe uma sobrecarga emocional e física imensa, que não vem apenas do estado civil, mas da responsabilidade de cuidar de um ser humano por conta própria.

As mães solo enfrentam uma rotina exaustiva, tendo que corresponder às expectativas da sociedade sobre a maternidade.

Ao mesmo tempo, elas são a única fonte de renda para seus filhos, o que as obriga a serem produtivas em um mundo capitalista que não permite muita margem para erros.

Algumas mães solo enfrentam a difícil decisão de levar seus filhos para o trabalho, colocando-os em risco e dificultando a produtividade no emprego.

É preciso reconhecer as dificuldades enfrentadas pelas mães solo e trabalhar para fornecer a elas suporte e recursos para ajudá-las a superar esses desafios.

As políticas públicas e a conscientização da sociedade são fundamentais para garantir que todas as mães possam criar seus filhos com dignidade e respeito.

Como sua empresa de análise preliminar de risco pode ver, a maternidade solo é uma condição que impõe um conjunto de desafios únicos e difíceis.

As mães solo enfrentam uma sobrecarga emocional e física significativa, tendo que cuidar de seus filhos por conta própria, muitas vezes enfrentando dificuldades financeiras e falta de apoio social. 

Além disso, elas enfrentam o julgamento e a pressão da sociedade em relação à maternidade, muitas vezes sendo culpabilizadas por sua situação.

É fundamental reconhecer essas dificuldades e trabalhar para fornecer a essas mulheres o suporte e os recursos necessários para enfrentá-las.

Políticas públicas e programas de apoio podem ajudar a garantir que todas as mães possam criar seus filhos com dignidade, respeito e apoio da comunidade. Somente assim podemos criar uma sociedade mais justa e equitativa para todas as mães e suas famílias.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

 

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Jennifer Kauffman

Fonte:Guia de Investimento