A amamentação cruzada é um recurso utilizado por muitas mães, mas que não é sempre recomendado pelos especialistas de saúde.
Assim como os profissionais de uma clínica de olhos podem dar diagnósticos precisos a respeito de problemas oftalmológicos, os pediatras são os médicos que se posicionam sobre a amamentação cruzada e a saúde do bebê.
Existem diversos riscos em realizar essa prática, mas também há casos em que ela pode ser indicada pelos médicos. Cada caso deve ser estudado particularmente, avaliando a saúde da mulher e do bebê, para só então haver uma conclusão segura para ambos.
Antes de considerar aderir à amamentação cruzada, entenda o que é essa prática e quais riscos ela pode trazer.
O que é amamentação cruzada?
Amamentação cruzada é uma prática em que uma mãe amamenta o filho de outra mulher. Isso pode ser feito por vários motivos, como uma mãe que não tem leite suficiente para alimentar seu bebê, ou uma mãe que não pode amamentar por motivos médicos.
É diferente do processo de doação do leite materno, que exige transporte e logística para receber, armazenar, tratar e distribuir o leite arrecadado de forma segura.
A amamentação cruzada pode ser uma forma de ajudar a fornecer ao bebê a nutrição de que precisa e oferecer apoio a uma mãe que está tendo dificuldade para amamentar.
No entanto, é importante lembrar que a amamentação cruzada envolve considerações de saúde e segurança, e é importante seguir as orientações de um profissional de saúde antes de iniciar a prática.
Quando essa prática se tornou contra indicada?
A amamentação cruzada passou a ser contraindicada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a partir de 1985 com o crescimento dos casos de Aids.
A organização recomenda que se evite a prática especialmente em casos em que a mulher seja portadora dos vírus HIV ou HTLV. Caso contrário, cabe ao médico responsável pelo acompanhamento avaliar se é permitido ou não realizar a amamentação cruzada.
Funcionárias de uma empresa de manutenção mecânica de máquinas industriais que desejam ajudar outras mães com o aleitamento devem passar por uma série de exames para saber se podem ou não se voluntariar.
Em geral, a amamentação cruzada pode ser considerada uma prática de risco se uma das mulheres tiver uma doença que possa ser transmitida pelo leite materno, como o herpes genital ou o próprio HIV.
Além disso, pode não ser recomendada se a mãe que está fornecendo o leite usa medicamentos que podem ser prejudiciais ao bebê.
A amamentação cruzada também pode não ser recomendada se a mãe que está recebendo o leite não pode fornecer ao seu bebê leite suficiente, mas tem outras opções, como o uso de fórmula.
Em geral, é importante que as mulheres trabalhem com um profissional de saúde antes de decidir se a prática é adequada para elas e seu bebê. Isso permitirá avaliar os riscos e benefícios para determinar se a amamentação cruzada é uma opção segura e viável.
Quais são os riscos desse tipo de prática?
Assim como elementos químicos em um balão volumétrico, diversos fatores podem ser avaliados para eliminar os possíveis riscos da amamentação cruzada.
De modo geral, é indicado que se evite amamentar bebês de outras pessoas ou ainda que se busque outras alternativas antes de entregar o seu bebê a alguém que possa ajudar com o aleitamento.
Confira a seguir alguns dos principais riscos da amamentação cruzada e converse com seu médico para decidir se essa prática pode ser indicada ao seu caso ou não.
Doenças transmitidas pelo leite materno
Se uma das mulheres tem uma doença que pode ser transmitida pelo leite materno, como HIV, hepatite B ou outras infecções sexualmente transmissíveis, amamentar o bebê de outra mulher pode colocá-lo em risco.
Se o leite materno da mulher infectada é consumido pelo bebê de outra mulher, o bebê corre o risco de contrair a doença.
Pessoas que trabalham em uma fábrica de tapete vinílico e possuem convênio médico podem dispor de mais comodidade ao buscar um médico e avaliar suas condições de saúde. Caso contrário, é possível fazer o acompanhamento pelo SUS.
Fazer a consulta com médicos especializados é fundamental para garantir a segurança das mulheres envolvidas, assim como a do bebê.
Transmissão de medicamentos
Se a mãe que está fornecendo o leite estiver usando medicamentos, eles podem ser transmitidos ao bebê por meio do leite. Em muitos casos, os remédios podem ser prejudiciais ao desenvolvimento da criança.
Alguns tipos de medicamentos, como quimioterapia, anticoncepcionais orais e alguns medicamentos para transtornos mentais podem ser perigosos para o bebê e devem ser evitados durante a amamentação.
Se uma mulher estiver usando medicamentos, ela deve informar ao profissional de saúde para que ele possa avaliar se eles são seguros durante a amamentação.
Confusão de identidade
A amamentação cruzada pode colaborar para a confusão de identidade dos bebês quando eles são amamentados por várias mulheres diferentes.
Assim como uma empresa de portaria remota se certifica de fazer a devida identificação de cada funcionário para que os moradores saibam com quem estão lidando no dia a dia, a amamentação permite a criação de um laço forte entre a mãe e o filho.
Quando um bebê é amamentado por várias mulheres, ele pode desenvolver uma ligação afetiva com cada uma delas, o que pode levar a uma confusão de identidade ao longo do tempo.
Além disso, a amamentação cruzada pode dificultar a criação de uma ligação forte entre o bebê e a sua mãe biológica, o que pode ser um problema para o desenvolvimento saudável da relação entre eles.
Dificuldades na lactação
A amamentação cruzada pode colaborar para a dificuldade na lactação quando uma mulher está tendo dificuldades para produzir leite suficiente para seu bebê. O estresse comum desse período também é um fator de influência.
Mulheres que trabalham com filtro para tratamento de água de poço artesiano devem buscar formas de relaxar e se desligar do trabalho para não acumular tarefas e responsabilidades, prejudicando o aleitamento.
Se ela estiver amamentando seu bebê e o de outra mulher, isso pode significar que seu próprio bebê não está recebendo a quantidade adequada de leite e pode afetar a produção de leite a longo prazo.
A amamentação cruzada também pode levar a dificuldades na lactação porque é uma atividade controlada por hormônios e o número de vezes em que o bebê mama pode afetar a produção de leite.
Se o bebê não estiver mamando o suficiente ou se o leite for compartilhado com outra criança, ou seja, se o aleitamento for feito de forma desregulada em comparação com o que o corpo havia planejado inicialmente, a produção de leite pode ser afetada.
Quando a amamentação cruzada pode ser indicada?
A amamentação cruzada pode ser indicada em algumas situações específicas, como:
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Quando a mãe não consegue produzir leite suficiente;
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Quando a mãe não pode amamentar por conta de doenças;
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Quando a mãe precisa trabalhar fora de casa;
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Quando o bebê precisa ser alimentado por uma mãe adotiva.
Quando uma mulher tem dificuldades para produzir leite suficiente para seu bebê, ela pode ser incentivada a amamentar o bebê de outra mulher para estimular a produção de leite e ajudar a garantir que o bebê tenha o leite necessário.
A prática também pode ser indicada em situações em que uma mulher não pode amamentar seu próprio bebê, por exemplo, devido a uma doença ou a uma condição médica.
Também é possível recomendar a amamentação cruzada para mulheres que precisam trabalhar fora e não podem amamentar com frequência.
Independentemente de qual seja a situação, é importante lembrar que a amamentação cruzada deve ser considerada apenas como uma opção a ser avaliada cuidadosamente com o apoio de um profissional de saúde.
Depois de fazer uma análise preliminar de risco, o médico pode decidir se recomenda ou não o aleitamento cruzado, ou se é mais indicado que a mãe busque outras opções.
A decisão de amamentar o bebê de outra mulher deve ser baseada em considerações de saúde, segurança e conforto para todas as partes envolvidas, incluindo a mulher que amamenta seu próprio bebê e o bebê de outra mulher.
Apesar de muito empática, a amamentação cruzada não é uma prática muito segura. Apenas um médico pode dizer com tranquilidade se há riscos ou não na sua realização.
Sem a opinião de um especialista, deve-se seguir a orientação dos órgãos competentes e responsáveis pela saúde no país e no mundo, e evitar fazer a amamentação cruzada.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Jennifer Kaufmann
Fonte:Guia de Investimento