Você já ouviu falar sobre arrependimento materno?
Muito se fala sobre o amor sentido entre uma mãe e seus filhos, um tema que é abordado em histórias, filmes, novelas e até mesmo em conversas sociais como algo natural, ignorando assim muitas questões associadas a isso, como o arrependimento materno.
De tanto ser pauta de discussão, o amor de mãe é visto não como uma característica positiva, mas sim como uma obrigação que é exigida por parte das mulheres, diferente do mesmo tipo de exigência que se faz em relação aos responsáveis paternos.
Muitas vezes é justamente esse acúmulo de responsabilidades que torna a decisão de se tornar mãe um pouco mais conturbada, como se desde o momento em que a notícia da gravidez o que se vê na realidade é um crescimento no número de cobranças feitas.
Existem aquelas já esperadas, como o corte de alimentos ou hábitos que possam ser prejudiciais tanto para a mãe como para o bebê, contudo, o que realmente precisa ser discutido são as cobranças extras, que tornam essa a decisão de ser mãe mais complicada.
Se por um lado é comum ver uma companhia de serviços mais físicos liberar com antecipação suas funcionárias grávidas, tal como pode ocorrer em uma empresa de limpeza de fachada, existem outros ofícios que poderiam ser feitos por uma grávida.
Nesse corte profissional já é possível sentir um certo peso que surge a partir do momento que uma mulher se torna mãe, com tal relação indo muito além da questão física, apesar disso também ser um assunto que pode afetar a autoestima da mulher como um todo.
Ou seja, os problemas que surgem associados à gravidez, assim como a decisão de ser mãe, o que pode incluir desde a adoção até uma relação de barriga solidária, nome que é adotado para o método antes tratado como barrigas de aluguel, são bastante conhecidos.
Mesmo com todo esse conhecimento, pouco se fala sobre a mudança de percepção que uma mulher pode ter em relação à maternidade durante esse processo, o que pode até envolver a questão financeira, recorrendo a uma empresa de toldos para uma reforma.
Enquanto se arruma o quarto para o bebê podem surgir dúvidas reais sobre a decisão de ter um filho, com tal questionamento sendo mais comum do que se pensa, ficando longe de ser uma falha de caráter, mas sim um assunto que merecia uma maior atenção.
E é justamente a esses casos que podemos associar aquilo que chamamos de arrependimento materno.
Como funciona esse tipo de sentimento?
Por se tratar de um tema não muito discutido, pode ser que exista certo espanto, mas no geral o nome dessa condição já explica claramente sobre o que se trata o arrependimento materno, ou seja, o arrependimento que uma mulher pode ter sobre o fato de ser mãe.
Esse peso, que pode surgir quase como um estigma para todas as mulheres que assumirem tal pensamento, sendo então julgada por apenas terem falado em voz alta sobre esse arrependimento, é justamente o que faz com essa questão seja vista como um tabu.
Pode se confundir tal arrependimento também com um caso de depressão pós-parto, porém com tal sentimento acontecendo tanto antes como após a chegada da criança, e mesmo que possam existir ligações, nem sempre é necessário haver uma conexão entre os temas.
Muito disso ocorre por causas das diversas tarefas que passam a ser incubidas à mulher em relação aos cuidados com o seu bebê, o que pode incluir tópicos como:
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Trocar fraldas;
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Amamentar;
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Dar banho;
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Levar ao médico.
Isso sem contar com todos os outros cuidados extras a serem tomados, o que inclui até mesmo a organização frequente do quarto da criança, comprando por materiais similares a um climatizador de ambiente industrial para manter um clima adequado ao cenário.
Todas essas responsabilidades podem fazer com que uma mãe se arrependa, mesmo que momentaneamente, da decisão de ter trazido um filho ao mundo. No entanto, tal decisão sequer é discutida por medo de sentir um julgamento maior por seu parceiro ou parceira.
Para falar melhor sobre esse tema, é importante então adentrar melhor ao assunto, conhecendo assim o trabalho de quem se profissionalizou de forma acadêmica acerca do tema, tal como ocorre com a filósofa Elisabeth Badinter.
Em seu trabalho, muito conhecido pela obra “O Mito do Amor Materno”, Badinter fala sobre a criação do laço fraternal e como isso não necessariamente se trata de algo completamente biológico, mas passa também por uma construção social e individual.
Ou seja, assim como alguém pode ou não ter uma vocação para abrir um negócio, como um serviço de locação de ônibus SP, também pode existir ou não o desejo de cuidar de um filho, ao invés desse sentimento natural que costuma ser associado às mulheres.
A própria disparidade entre os direitos femininos e masculinos podem ser apontados nesse sentido, já que a decisão de ser pai é muitas vezes vista como uma escolha para os homens, enquanto para as mulheres essa é uma obrigação a ser cobrada por todos.
Nem mesmo a liberdade feminina, que passou a ser conquistada na sociedade, tendo um início específico nos anos 1960, a partir da revolução sexual associada à criação da pílula anticoncepcional, conseguiu retirar a pressão feita em cima das mulheres para serem mães.
Em cima disso é possível então dizer sim que pode existir um arrependimento da decisão de ser mãe, tendo sido essa criança planejada ou não.
A questão aqui é que não se pode resolver esse assunto tal como terceirizando um serviço, recorrendo a uma empresa de prestação de serviços de limpeza e conservação, por exemplo, sendo preciso então conhecer as causas de tal arrependimento para lidar com ele.
O que pode estar por trás desse arrependimento?
Ter um filho se trata de uma decisão que irá mudar a vida de uma pessoa para sempre, principalmente em relação às mulheres, onde existe uma cobrança maior sobre suas obrigações maternas em comparação com o mesmo dever a ser ocupado pelos homens.
Esse ponto por si só já pode ser um dos responsáveis pelo chamado arrependimento materno, sendo importante ter conhecimento sobre outras causas até mesmo para identificar se você ou pessoas ao seu redor podem estar sofrendo com tal questão.
Falta de planejamento
Se até mesmo algo simples como uma viagem precisa ser bastante planejado, o que inclui a compra de passagens, hospedagem em um hotel até o aluguel de van em Salvador para aproveitar a cidade em família, imagine a lista de responsabilidades para se ter um filho.
É justamente essa falta de preparo que pode fazer uma mulher sofrer desse tipo de arrependimento, algo ainda mais comum quando parte de uma gravidez indesejável, seja com a falha do anticoncepcional ou com a falta de cuidado do casal ao se relacionar.
Por outro lado, a decisão pouco pensada de ter um filho também pode ter um impacto nesse sentido, tal como ocorre com uma adoção, o que faz com que as agências realizem tantos processos para evitar casos do tipo, diante do impacto na vida das crianças.
Depressão
Uma questão emocional também pode afetar a saúde da mulher, levando a tal arrependimento, sendo um sentimento por quem sofre de depressão pós-parto, no qual tal enfermidade pode até mesmo ser colocada como se fosse culpa do filho em questão.
Abandono da pessoa parceira
Tomar conta de uma criança exige muitas responsabilidades, fazendo com que um pai ou mãe tenha que se familiarizar com os mais diversos assuntos e até mesmo produtos, como insumos farmacêuticos para cuidar do filho após cair da bicicleta.
Todas essas responsabilidades podem receber um peso maior quando são colocadas nos ombros de uma só pessoa, sendo esse um caso comum, ainda mais em relação ao abandono paterno, responsável por grande parte do número de mães solos no país.
Impactos na vida pessoal
Muitas vezes as mulheres não estão preparadas para lidar com todas as mudanças que irão ocorrer em sua vida dali em diante, o que pode afetar desde a sua carreira até mesmo o seu físico, sendo preciso alugar esteira ergométrica para se livrar dos quilos da gravidez.
Esses são apenas uns entre os diversos motivos que podem levar ao chamado arrependimento materno, sendo preciso então pensar bastante no assunto antes de decidir ser mãe, assim como tomar os cuidados necessários caso essa não seja uma vontade dela.
Por outro lado, caso a criança já esteja em sua realidade, não é justo que ela sofra com uma condição que afeta seus responsáveis, sendo importante então procurar por algum tipo de ajuda caso você seja uma mãe que possa estar passando por esse problema.
O primeiro passo é justamente reconhecer que existe uma questão para então discutir o assunto com seu psicólogo, assim como procurar a ajuda de grupos de apoio, tudo para entender o que está por trás desse arrependimento para saber como lidar com o tema.
Ser mãe pode sim ser um presente, mas tudo depende do auxílio que essa mulher irá receber e também do seu desejo em ser mãe ou não, tudo tendo que ser visto com bastante atenção, para garantir assim a melhor vida possível para o seu filho ou filha.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Jennifer Kauffman
Fonte:Guia de Investimento