Um levantamento feito pelo Comitê de Endocrinologia da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro constatou que 20% das crianças e adolescentes do estado estão acima do peso. O principal motivo para esse resultado, segundo o presidente do comitê, Cláudio Hoineff, é a falta de educação alimentar desde a infância.
- É muito difícil uma criança fazer dieta. O segredo é que ela aprenda a comer certo desde cedo. E comer bem não é sinônimo de abundância de alimentos, e sim comer alimentos sadios - explica o médico.
O problema é ainda maior quando as crianças começam a levar dinheiro para lanchar no colégio. Muitas vezes, as opções são hambúrgueres, refrigerantes e doces. Com tantas delícias gordurosas, dificilmente a criança vai optar por um alimento saudável como frutas, sucos ou iogurtes. Mas nem mesmo as crianças menores, que levam merendeira para a escola estão livres da má alimentação.
- Começamos a observar que o conteúdo das merendeiras era preocupante. Com biscoitos, alimentos pastosos que não estimulavam a mastigação e, geralmente, muito gordurosos - conta a nutricionista Márcia Regina Teixeira.
A médica alerta sobre a importância de educar as crianças a terem hábitos alimentares saudáveis desde cedo. Márcia é responsável pelo projeto "Terça e Quinta Fruta", do Centro Educacional Miraflores. Nesses dois dias da semana, desde 1999, a única opção de lanche da manhã e da tarde são frutas que as crianças trazem de casa. Os refrigerantes ficam de fora.
Para a nutricionista, a iniciativa é importante para a redução da obesidade e do colesterol entre as crianças.
- No começo encontramos resistência das crianças e até das próprias famílias acostumadas a mandar lanches prontos para a escola. Agora, apenas 10% dos alunos ainda torcem o nariz nos dias das frutas - diz.
Números da Organização Mundial de Saúde registram que 35% dos adultos obesos são gordos desde a infância. Por isso é importante que o tratamento seja feito o quanto antes. Crianças obesas entre 4 e 5 anos têm 20% de chance de se tornarem adultos obesos. Em crianças entre 7 e 8 anos essa possibilidade dobra. Se os pais forem obesos as chances sobem para 80%. Hoineff faz um alerta: atualmente, apenas 5% dos casos de obesidade são resultado de fatores genéticos ou endócrinos.
- Na maioria das vezes, o aumento do peso é provocado pela má alimentação associada a falta de exercícios - conclui o médico, que também atribui aos jogos eletrônicos, televisão e falta de segurança como causas do sedentarismo infantil.
- Hoje as crianças não saem mais na rua para andar de bicicleta ou soltar pipa - diz.
- É muito difícil uma criança fazer dieta. O segredo é que ela aprenda a comer certo desde cedo. E comer bem não é sinônimo de abundância de alimentos, e sim comer alimentos sadios - explica o médico.
O problema é ainda maior quando as crianças começam a levar dinheiro para lanchar no colégio. Muitas vezes, as opções são hambúrgueres, refrigerantes e doces. Com tantas delícias gordurosas, dificilmente a criança vai optar por um alimento saudável como frutas, sucos ou iogurtes. Mas nem mesmo as crianças menores, que levam merendeira para a escola estão livres da má alimentação.
- Começamos a observar que o conteúdo das merendeiras era preocupante. Com biscoitos, alimentos pastosos que não estimulavam a mastigação e, geralmente, muito gordurosos - conta a nutricionista Márcia Regina Teixeira.
A médica alerta sobre a importância de educar as crianças a terem hábitos alimentares saudáveis desde cedo. Márcia é responsável pelo projeto "Terça e Quinta Fruta", do Centro Educacional Miraflores. Nesses dois dias da semana, desde 1999, a única opção de lanche da manhã e da tarde são frutas que as crianças trazem de casa. Os refrigerantes ficam de fora.
Para a nutricionista, a iniciativa é importante para a redução da obesidade e do colesterol entre as crianças.
- No começo encontramos resistência das crianças e até das próprias famílias acostumadas a mandar lanches prontos para a escola. Agora, apenas 10% dos alunos ainda torcem o nariz nos dias das frutas - diz.
Números da Organização Mundial de Saúde registram que 35% dos adultos obesos são gordos desde a infância. Por isso é importante que o tratamento seja feito o quanto antes. Crianças obesas entre 4 e 5 anos têm 20% de chance de se tornarem adultos obesos. Em crianças entre 7 e 8 anos essa possibilidade dobra. Se os pais forem obesos as chances sobem para 80%. Hoineff faz um alerta: atualmente, apenas 5% dos casos de obesidade são resultado de fatores genéticos ou endócrinos.
- Na maioria das vezes, o aumento do peso é provocado pela má alimentação associada a falta de exercícios - conclui o médico, que também atribui aos jogos eletrônicos, televisão e falta de segurança como causas do sedentarismo infantil.
- Hoje as crianças não saem mais na rua para andar de bicicleta ou soltar pipa - diz.
Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Marcella Sobral
Fonte:O Globo