O sucesso na adaptação e no uso de lentes de contato depende de um conjunto de fatores. A prescrição médica e o acompanhamento do oftalmologista constituem-se nos elementos primordiais deste processo. Em seguida, destaca-se a adesão do paciente ao tratamento. Hoje, no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas - 1% da população brasileira - são usuárias de lentes de contatos. Deste percentual, 28% são homens, 72% mulheres.
Durante o processo de adaptação às lentes de contato, o oftalmologista deve ser minucioso nas instruções fornecidas ao paciente sobre limpeza, conservação e troca das lentes. “O oftalmologista, além de fornecer as orientações necessárias, deve certificar-se da perfeita compreensão do paciente e, em cada consulta, verificar seu conhecimento e conduta, assegurando a adesão às recomendações e a prevenção de complicações”, afirma o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor-clínico do IMO.
Centurion aponta a comercialização inadequada das lentes (inclusive pela internet), sem as devidas orientações sobre limpeza, conservação e tempo de uso do produto e a disseminação das lentes cosméticas como os principais fatores que geram as queixas em relação ao uso das lentes de contato.
Indicação
A oftalmologista Sandra Alice Falvo, médica que integra o corpo clínico do IMO, relata que no atendimento que realiza diariamente, a primeira medida adotada em relação às lentes de contato é verificar se elas representam a melhor solução para o paciente naquele momento. “Depois de traçar um perfil das necessidades do paciente, de acordo com a sua profissão e com as atividades que ele desenvolve no seu dia-a-dia, o oftalmologista verifica se o uso de lentes é a melhor alternativa terapêutica comparada ao uso de óculos ou à realização de uma cirurgia refrativa”, afirma a médica.
“As lentes de contato substituem os óculos em casos de miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia. Proporcionam melhor visão do que os óculos em pessoas portadoras de ceratocone, anisometropia, astigmatismo irregular e em outros casos específicos”, explica Sandra Falvo. Atualmente, as lentes de contato são classificadas de acordo com o material de fabricação. Podem ser rígidas, gelatinosas e gás permeáveis. Cada tipo de lente tem uma destinação específica. “A indicação do melhor tipo ao paciente é responsabilidade do oftalmologista” diz a oftalmologista.
Adaptação
As complicações decorrentes do uso de lentes de contato são conseqüências da falta de observância aos cuidados relacionados à limpeza, desinfecção e conservação das lentes. “A lente no olho do paciente está em contato com restos celulares, partículas oriundas do meio ambiente, substâncias químicas, gasosas, líquidas, proteínas, lipídios, componentes inorgânicos, além de produtos cosméticos. Todas essas substâncias podem aderir à lente, reduzindo o conforto e a tolerância do usuário, bem como a vida útil da lente”, afirma a médica.
Como decorrência do uso inadequado, o problema mais freqüentemente relatado pelos pacientes que usam lentes de contato é a alergia. Segundo Sandra Falvo, “os agentes causadores da reação alérgica podem ser as próprias lentes, produtos de limpeza e conservantes, proteínas e resíduos que aderem à lente”, diz a médica. “Todo usuário de lentes de contato deve ter também um óculos para ser usado em situações inesperadas: perda de lente, conjuntivites, irritações”, recomenda Sandra Falvo.
Recomendações
A seguir, listamos as recomendações médicas da equipe do IMO em relação ao uso de lentes de contato:
- não adquirir lentes de contato sem consulta e acompanhamento médico do oftalmologista;
- exames complementares como a topografia corneana e o teste de função lacrimal são indispensáveis para o período de adaptação da lente de contato;
- não usar medicamentos juntamente com as lentes de contato, sem a prescrição do oftalmologista;
- visitar periodicamente o oftalmologista para avaliar as lentes;
- após a realização da blefaroplastia (cirurgia plástica das pálpebras), não usar lentes de contato sem a avaliação do oftalmologista;
- não mergulhar ou nadar sem a proteção de óculos específicos para a prática de esportes aquáticos;
- o uso de óculos escuros sobre as lentes de contato não é obrigatório, mas pode trazer mais conforto durante o uso em ambientes muito claros;
- devido ao alto risco de contaminação, deve-se evitar o uso de lentes em saunas;
- o uso de lentes em aviões deve ser evitado em função do ressecamento causado pelo ar condicionado e pela baixa umidade.
IMO
O Instituto de Moléstias Oculares, IMO, é hoje uma das referências internacionais no tratamento oftalmológico, especialmente, nas áreas de diagnóstico, cirurgia e terapia. A clínica localiza-se na cidade de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, é formada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e devidamente credenciados junto às sociedades e instituições de classe nacionais e internacionais. Dispõe de condições ideais para atender com excelência o público, desde a infância até a terceira idade. Por manter convênios com mais de 60 planos de saúde, pode realizar um atendimento amplo e diversificado à população.
IMO – Instituto de Moléstias Oculares
Endereço: Avenida Ibirapuera, 624.
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Horário de atendimento: 08:00 às 18:30, de segunda a sexta-feira
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Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Márcia Wirth
Fonte:Márcia Wirth