Nos últimos quatro anos o Conselho Federal de Medicina declarou ter recebido 958 denúncias por supostos erros médicos. Entre especialidades médicas que mais recebem denúncias, estão a cirurgia plástica, neurocirurgia, obstetrícia e oftalmologia. No âmbito judicial, pesquisas recentes realizadas pelo Colégio Brasileiro dos Cirurgiões revelaram que, entre seus associados, 24% já sofreram ações por alegação de erro médico, sendo que 40% desses processos ainda estão pendentes de julgamento.
Na opinião de Nemetz, o seguro contra erros médicos não é a melhor opção por diversos motivos: o principal deles, é que para utilizar o valor do seguro, sem abrir processo, o profissional deve reconhecer que é culpado, o que no caso de não ser, gera reflexos negativos em sua imagem. Além disso, há incerteza quanto ao tempo de vigência e cobertura; número limitado de profissionais credenciados à seguradora para fazer a defesa; valor limitado de honorários para profissionais não credenciados escolhidos pelo segurado; várias pessoas podem pleitear indenização em ações distintas havendo cobertura para apenas uma delas. "Outra questão é a possibilidade do valor da condenação ultrapassar o valor do seguro", ressalta o advogado,
O Programa de Prevenção é realizado em conjunto com o advogado da clínica ou independente, por meio de consultoria, verificação no local sobre os riscos (desde a "moça do café até o diretor clínico), orientação sobre prontuários e detalhes burocráticos. As exposições são em forma de palestras para funcionários e mini cursos. "O principal objetivo é vacinar as entidades prestadoras de serviços de saúde e seus profissionais sem interferir no trabalho e mantendo as exigências do Código de Defesa do Consumidor", alerta Nemetz.
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Crédito:Fatima Nazareth
Autor:Flávia Pacheco
Fonte:Spoke Comunicação Empresarial