Especialista explica como os exercícios impactam positivamente o principal órgão do sistema nervoso
Poucos sabem, mas aquela corrida matinal ou a série de exercícios realizada na academia não favorecem apenas a saúde do corpo: o cérebro também se beneficia – e muito!
Pesquisas recentes do Laboratório de Neurociências do United States Institute of Health comprovam que a prática de atividades físicas atua diretamente sobre a memória e o aprendizado.
Segundo Bernardo Liberato, especialista do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano Barra, o fato de manter o corpo em movimento, evitando o sedentarismo, contribui positivamente para a manutenção das funções cerebrais.
De acordo com o médico, a atividade física está relacionada à redução do estresse, porque ajusta o ‘fluxo do pensamento’ e melhora a ansiedade e a tomada de decisões, até mesmo em situações de forte pressão.
“Tudo isso se deve à quantidade de neurotransmissores liberados pelos indivíduos que praticam exercícios regularmente. Outro benefício é a redução das fadigas física e mental, bem como o aumento das sensações de alívio e bem-estar. Todos esses fatores estão relacionados à dopamina e à serotonina – substâncias que são liberadas durante a prática de exercícios físicos pelos indivíduos que se mantêm mais ativos”, diz.
O especialista aponta que novos estudos precisam ser realizados, pois algumas análises apresentaram controvérsia com relação à atividade física em pessoas já com diagnóstico de demência – o que indica que os impactos podem não ser tão positivos quando já existe quadro de problemas neurológicos.
“Ainda assim, os exercícios regulares seguem sendo recomendados tanto para pessoas saudáveis quanto para pacientes que possuem diagnóstico de doença neurológica, mesmo diante de restrições específicas”, observa.
O médico também explica que, especialmente nos jovens, os hábitos de saúde não devem estar somente limitados à prática de atividade física, mas, sim, a uma soma de rotinas que poderão contribuir para a saúde na fase da maturidade, como uma alimentação equilibrada e a redução, desde cedo, da ingestão de álcool.
“Os benefícios colhidos serão muitos, principalmente, a longo prazo, pois, na fase da terceira idade, as pessoas que investiram em uma juventude mais saudável terão chances bastante reduzidas de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e desenvolver outras doenças do sistema nervoso central”, enfatiza Liberato, que reforça: “Mesmo nas fases mais maduras da vida, ainda que com um histórico de sedentarismo, é válido manter-se em movimento e adotar hábitos saudáveis, sempre com o acompanhamento especializado de um profissional de educação física e do médico assistente”, finaliza.
Crédito:Luiz Affonso
Autor:Andresa Feijó
Fonte: Hospital Samaritano (Barra da Tijuca)