Rio de Janeiro, 20 de Abril de 2024

A injustiçada

Você conhece alguém de temperamento difícil, que se acha a injustiçada?
Aquele tipo de pessoa que vive lamentando a falta de sorte, de dinheiro, de amor e atraindo coisas ruins para si?
 
Gente assim está sempre de baixo astral e quase nunca encontra a solução para o seu problema.
 
Ao menor contra-tempo já é o suficiente para que ela se feche no seu casulo e crie um clima de tristeza e difícil convivência.
 
Está quase sempre pelos cantos, envolvida por uma atmosfera negativa, atraindo infortúnio, como se um ímã da infelicidade fosse.
 
Gente que cultiva amargura e se recusa a abandonar a vida de lamentações.
 
Se algo de ruim ocorre pela manhã, ela fica o dia todo remoendo o acontecido ou então de mau-humor.
 
Enquanto não ocorrer algo pior, para servir-lhe de substituto, não afastará a tristeza da sua mente.
 
Em nenhum momento permite-se ver o lado bom dos acontecimentos.
 
Se você se depara com ela e pergunta: “e ai tudo bem?”
 
O melhor que poderá ouvir como resposta será: “mais ou menos”.
 
Esse tipo de pessoa vive como se tivesse espinhos na pele.
 
Qualquer esbarrão espeta a carne com potencial para criar feridas dolorosas.
 
Ela não consegue livrar-se dos pensamentos negativos e, por consequência, de seus sofrimentos. Não percebe o verdadeiro tesouro que existe em sua vida.
 
Se ela ao menos fizesse um inventário, relacionando coisas boas e ruins em uma folha de papel, perceberia que a felicidade que não se encontra no mundo exterior e distante, está disponível no seu interior, ao alcance de suas mãos.
 
Embora não perceba, ela é como se fosse uma árvore de raízes sólidas e profundas, capaz de resistir a temporais e produzir boa sombra para aliviar o cansaço a quem precise.
 
Uma árvore de galhos longos e fortes permite aos pássaros construírem ninhos e abrigarem-se com segurança.
 
Com frutos que ajudem a alimentar quem tem fome, e flores que decoram a vida de muitas pessoas.
 
Uma árvore que recorre as suas reservas para vencer o período de estiagem e o sol escaldante de algumas estações. Ela sabe que agindo com perseverança e otimismo, estará mais forte e bonita na próxima temporada.
 
O que gente assim não percebe é que o primeiro passo para trocar uma vida de sofrimento e infelicidade por outra de felicidade e abundância, é ter muita força de vontade.
 
Não adianta esperar que o mundo tenha pena e resolva seus problemas, até porque isso não vai ocorrer.
 
A situação somente mudará quando ela encarar os acontecimentos.
 
Lembre-se da famosa frase: “tudo muda se você mudar”.
 
A passagem a seguir, ocorrida entre Arquimedes e um discípulo, pode ajudar a ilustrar a situação:
Discípulo de Arquimedes:
“- Mestre, sois tão sábio; como poderei um dia saber tanto quanto vós?
 
Arquimedes:
“Através da força de vontade...”
Discípulo de Arquimedes:
“- Como assim, mestre?”
 
Arquimedes afogou a cabeça de seu discípulo dentro d’água e o deixou sufocado por cerca de 40 segundos, depois a soltou...
Discípulo de Arquimedes:
“- Mestre, o que fizestes???
 
Arquimedes:
“- O dia em que quiserdes ter sabedoria com a mesma vontade com que quisestes respirar, então será um grande sábio...”

 

 

 

 

 

 


 

 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Jorge Garcia

Fonte:Univrso da Mulher