Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Ser Velha

*Sergito de Souza Cavalcanti*
 
 
Desde do dia que nascemos, envelhecemos progressivamente.
Jamais mantemos a idéia da velhice,
porque queiramos ou não, a ela chegaremos naturalmente.
 
 
Não são os anos que nos envelhecem,
mas sim a idéia de ficarmos velhos.
Há pessoas que são jovens aos oitenta anos
e outros que são velhos aos quarenta.
A juventude ou velhice não fazem parte de um período de nossas vidas,
e sim, de um estado de espírito.
 
 
Não é por termos vivido um certo número de anos, que envelhecemos.
Envelhecemos quando perdemos o ideal,
a alegria de viver e a alegria de amar.
A decisão de não sermos um velho infeliz,
ajuda e muito a termos uma velhice saudável.
 
 
A primeira idéia é não "desligar-se" do mundo e da vida,
não a dando por encerrada.
É preciso continuar aprendendo, acreditando,
amando, sonhando e, portanto, vivendo.
 
Procuremos um tipo de objetivo ou uma meta
que dê sentido à nossa vida.
Pode ser um trabalho ou um robby;
ver crescer os netos; um livro que se pretenda escrever;
quadros que se deseje pintar;
um curso a fazer; uma sonhada viagem;
algo enfim que confira interesse à nossa vida.
 
 
Manter sobretudo acesa a busca e o desejo
do prazer que a vida nos proporciona
para que nunca percamos o prazer de viver.
A velhice nunca pode  por medo, entristecer o homem que crê,
que tem fé na imortalidade de seu espírito e na sucessão de sua vida.
 
Ao invés do medo da velhice, usufruamos das vantagens que ela nos traz,
quais sejam: a tranqüilidade da missão comprida,
o alívio das responsabilidades de criar e educar,
a prazerosa sensação de ter testemunhado a vida acontecer
e a sabedoria adquirida com os anos vividos.
 
O velho de hoje será o jovem de amanhã,
pois a verdade é que:
"Nascemos, vivemos, morremos, renascemos ainda,
progredindo sempre sem cessar
."
 
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Sergito de Souza Cavalcanti

Fonte:www.sintoniasaintgermain.com.br