Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Medo ou fobia? Conheça as sete fobias mais comuns

Medo ou fobia?

Especialista cita as sete fobias mais comuns e diz quando é hora de pedir ajuda 


 

Há muita confusão, ainda, quando as pessoas tentam classificar seus medos e fobias. Nas rodas de amigos, quando um integrante se põe a contar sobre uma experiência sofrida dentro de um elevador, classificando o pânico que sentiu como uma fobia, outros disparam a narrar suas histórias, alegando sofrer do mesmo medo. Afinal, medo ou fobia? 

“O medo é uma reação emocional a um perigo real externo, enquanto a fobia é um medo irracional em relação a algo que não apresenta riscos iminentes. Essa reação geralmente é acompanhada de muita ansiedade”, diz o professor doutor Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula, em São Paulo. 

Leite explica que o medo constitui uma etapa normal do desenvolvimento humano e é inclusive considerado um elemento que protege a vida. Sendo assim, ter medo de passar por um beco escuro no meio da noite, conhecido pela má fama das pessoas que freqüentam o lugar, não é fobia. É um medo normal. 

“Quando o medo ganha maior proporção e não se justifica, impondo limitações à vida da pessoa, não deve ser desprezado e considerado como apenas mais um medo entre outros. As fobias atingem 10% da população. Na maioria das vezes, os fóbicos são inteligentes, responsáveis, sensíveis, com certa tendência a ser detalhistas e controladores. O paciente fóbico tenta substituir seu medo ‘sem nome’ da angústia pura e indefinível que sente, por um conteúdo ou uma situação aparentemente lógica”, diz o psicólogo. 

Leite cita as sete fobias mais comuns:

 

  1. Claustrofobia: medo de lugares fechados, como elevadores, túneis, ambientes pouco ventilados e até mesmo equipamentos de tomografia e ressonância magnética;
  2. Agorafobia: medo de espaços abertos e cheios de gente, como estádios, shopping centers e locais de shows;
  3. Glossofobia: medo de falar em público;
  4. Hipsiofobia: medo de altura;
  5. Amaxofobia: medo de andar de carro;
  6. Hidrofobia: medo de água, de entrar em piscinas e nadar no mar;
  7. Eritrofobia: medo de sangue.  

Segundo o especialista, entre várias abordagens, o tratamento de fobias que faz uso de psicoterapia tem alcançado muito sucesso. Em alguns casos, é necessário fazer uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos para baixar os níveis de ansiedade. “O papel do psicólogo tem de ser ativo, levando o paciente a confrontar seus temores. Quando a neurose que desencadeia a fobia contém traços obsessivos, é necessário um tratamento mais profundo”, diz Luiz Gonzaga Leite.

 

Fonte: Prof. Dr. Luiz Gonzaga Leite, chefe do departamento de Psicologia do Hospital Santa Paula (SP)

Crédito:Cris Padilha

Autor:Heloísa Paiva

Fonte:Universo da Mulher