Rio de Janeiro, 26 de Abril de 2024

A infertilidade e a mulher contempoânea

A infertilidade e a mulher contempoânea
Mulher do novo milênio corre mais riscos de sofrer com infertilidade
 
De acordo com dr. Newton Eduardo Busso, um dos diretores do Projeto Beta, a emancipação da mulher, sob os pontos de vista sexual, profissional  e financeiro, trouxe mudanças nas prioridades fazendo uma comparação da mulher do final do século passado e início do século 21, com a de gerações anteriores, cujo horizonte restringia-se, na maioria das vezes, a casar e ter filhos, ainda na adolescência.
               
Tornar-se mãe é o maior desejo de quase todas as mulheres. Esta sempre foi uma prioridade tanto que as mulheres, até bem pouco, tinham uma vida de dedicação plena ao marido, aos filhos, à vida doméstica, enfim, somente à família. “Hoje, elas têm outras perspectivas e objetivos como a conquista de novos espaços, realização pessoal no campo afetivo, profissional, social, financeiro e sexual”, diz o especialista dr. Newton Eduardo Busso, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e um dos diretores do Projeto Beta - Medicina Reprodutiva com Responsabilidade Social.
 
De acordo com o médico, um dos alicerces do novo comportamento foi, sem dúvida a pílula anticoncepcional, mas “a mesma ciência que contribuiu de modo fundamental e eficaz no controle da fertilidade ainda não oferece as mesmas chances no tratamento da infertilidade, por isso, é melhor prevenir do que remediar”.
 
O especialista relata que, nos países desenvolvidos, está aumentando o número de mulheres que vêm adiando para etapas mais tardias de suas vidas a decisão de ter o primeiro filho. O Brasil também começa a viver essa tendência, especialmente entre a população de classe média.
 
Segundo Dr. Busso, a idade ideal para se ter um filho, de maneira a garantir que a gestação ocorra com mais facilidade e maiores chances de sucesso é no final da adolescência, mas isto nem sempre é o ideal ou o possível. “Se o casal tem como objetivo constituir família com filhos deve priorizar ou antecipar este projeto a fim de evitar problemas futuros e não deixá-lo por último, depois da carreira, da estabilidade econômica ou da viagem para a Europa, por exemplo. A opção por atrasar a chegada do bebê pode ser irreversível, mas a carreira e a viagem com certeza não o são”, afirma dr. Busso, que complementa: “É difícil estabelecer a idade acima da qual as chances de gestação tornam-se menores, tanto espontânea como com tratamentos. A experiência mostra que a queda nas chances de engravidar tem um declínio mais acentuado a partir de 35 anos”.
 
A batalha para gerar um filho, depois dos 35 anos, torna-se um bem valioso devido à ansiedade dos casais, com as chances diminuídas, com o tempo passando “mais rapidamente”, e também porque os tratamentos, em clínicas particulares, muitas vezes ultrapassam o orçamento do casal. Pensando nisso, e também nas dificuldades encontradas pelos casais, na rede pública de saúde, o grupo de médicos do Projeto Beta se uniu para tratar a medicina reprodutiva com responsabilidade social.
 
 
Sobre o Projeto Beta
 
O Projeto Beta é o primeiro centro especializado em medicina reprodutiva privado a tratar a infertilidade com responsabilidade social, adequando o custo do tratamento à condição sócio-econômica de cada casal. O objetivo é oferecer soluções para problemas de fertilidade aos cerca de 15% dos casais que enfrentam dificuldades em obter gestação e, muitas vezes, acabam desistindo do sonho de terem filhos devido à escassez de tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
 
Formado por um grupo de 50 profissionais da área de saúde, trata-se de uma iniciativa pioneira liderada pelos médicos: Elvio Tognotti (médico assistente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Jonathas Borges Soares (membro da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida); Nelson Antunes Júnior (responsável pelo departamento de reprodução humana da Faculdade de Medicina do ABC); Newton Eduardo Busso (professor assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa); e Sidney Glina (presidente da Sociedade Brasileira de Urologia).
              
Com uma equipe multidisciplinar, também formada por biólogos, embriologistas, ginecologistas, urologistas e enfermeiros, o Projeto Beta busca oferecer excelência no atendimento de casais inférteis e encontrar uma solução eficaz para o problema específico de cada um, utilizando estratégias que facilitem o acesso a tratamentos de infertilidade. 
              
O Projeto realiza palestras gratuitas e orienta os casais sobre os tipos de tratamento oferecidos. Além disso, os casais podem tirar dúvidas com especialistas e passar por consultas, ultra-sonografia e análise seminal criteriosa. Após a escolha do melhor tratamento para o caso, são encaminhados à assistente social. Nessa etapa é realizado estudo para a adequação do custo do tratamento ao perfil sócio-econômico dos casais. 
              

 

 

 
 

Crédito:Victoria Vajda

Autor:Flávia Popov

Fonte:TDPO Comunicação Inteligente