Rio de Janeiro, 23 de Abril de 2024

Cuidados para se adaptar ao horário de verão

Hormônio regulador do sono, acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança do horário
 
Em todo início de primavera, os brasileiros recebem uma notícia corriqueira: o início do horário de verão do País, que afeta os Estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste, além do Distrito Federal.
 
Isso significa dormir e acordar uma hora mais cedo em algumas regiões, fato que exige certa adaptação do corpo humano.
 
Segundo Jacob Faintuch, clínico geral do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, o ideal para preparar o organismo ao novo horário é manter uma boa qualidade do sono.
 
O hormônio regulador do sono “melatonina”, acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário.
 
“Para se adaptar ao novo horário, é importante evitar situações estimulantes no final da tarde ou no início da noite”, afirma, explicando que quanto mais estímulo, maior a dificuldade do organismo em relaxar e pior a qualidade do sono.
 
Evitar o consumo de café ou chá preto é uma das dicas dadas pelo médico do HC.
 
“Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados. O ideal é praticar atividade física uma vez ao dia, no mínimo duas horas depois de acordar, e evitar a prática durante a noite”, observa, citando, ainda, outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono.
 
Jacob também adverte que a má qualidade do sono pode prejudicar o rendimento do indivíduo em suas atividades durante o dia.
 
“O horário de verão não é o único fator que desequilibra o organismo. Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma”, lembra.
 
Para manter a saúde, esses cuidados devem ser constantes o ano todo.
 
A manutenção do sono, principalmente nos primeiros dias da alteração do horário, é fundamental para evitar complicações cardiovasculares.
 
Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos. O infarto, por exemplo, costuma ocorrer algumas horas depois de acordar e, principalmente, na segunda-feira, dia que o estresse comumente aumenta”, diz Jacob Faintuch.
 
O especialista afirma que o desequilíbrio do organismo se dá nos cinco primeiros dias da mudança no relógio, após esse período e com os devidos cuidados tomados, o corpo se adapta de forma tranquila.
 
 
 
 

Crédito:Luiz Affonso

Autor:Luiz Affonso

Fonte:Universo da Mulher